Bem... volto a levantar a discussão sobre a Amazônia ameaçada... ontem eu estava comversando com o R.R ( sim.. existe papo-cabeça no MSN )... sobre a influência dos EE.UU no mundo, e quão nossa Amazônia ta ameaçada.
Ele ficou meio cético com as coisas que eu disse, e dai resolvi procurar mais sobre o assunto para me aprofundar... eis que me deparo com algo oficial que comprova toda a minha teoria ( pesso que todos que queiram discutir leiam do inicio ao fim antes de falar besteira, mesmo sendo grande, vcs aguentam ).


==================================

DIÁRIO DA MANHÃ

O plano de ocupação dos estrageiros - AMAZÔNIA AMEAÇADA

Jávier Godinho


No final da calorenta manhã de outubro, a seu convite e no seu gabinete na Brigada de Operações Especiais, em Goiânia, o comandante e general-de-brigada Marco Aurélio Costa Vieira recebeu o editor-geral Batista Custódio e o jornalista Jávier Godinho, do Diário da Manhã, para o jogo aberto da conversa franca. Tema do encontro: a internacionalização da Amazônia.

O general Marco Aurélio, um carioca simpático e extrovertido de 53 anos, tem na ponta da língua todas as respostas. Fala seguramente sobre tudo que lhe é perguntado. Espontaneamente, abre seu computador e dele retira, sem qualquer constrangimento, imagens e informações do Exército que confirmam plenamente tudo que o Diário da Manhã vem publicando, nos últimos anos, alertando a opinião pública sobre o perigo cada vez maior que corre o Brasil de perder 56% do seu território, justamente aquele que conserva intacta sua maior riqueza natural em minérios, madeiras, petróleo, fauna e flora, e principalmente água potável, que, neste século, segundo previsão dos mais conceituados estudiosos, será uma das causas principais das guerras entre povos e nações. Da água potável ainda existente no Planeta, 11% corre nos 23 mil quilômetros de rios navegáveis da maior bacia hidrográfica do mundo, responsável por dois terços do potencial hidrelétrico do Brasil.

O comandante abre aos jornalistas o material que usa nas ilustrações de suas constantes palestras a entidades militares e civis, sobre a Brigada de Operações Especiais e a Amazônia. No dia seguinte, por exemplo, ele falaria à Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg). Faz saltar da tela um mapa mostrando como seria o Brasil sem a Amazônia. De um lado, 5,1 milhões de quilômetros quadrados perdidos, o mais promissor do presente e o mais rico do futuro deste País, atualmente semi-abandonados pelos governos e pela população, com apenas 4 habitantes por quilômetro quadrado, 12% da representação política e US$ 2.059,00 de renda per capita. Do outro, horrível no formato, os 3,4 milhões de quilômetros quadrados que nos sobrariam, com 40 habitantes por quilômetro quadrado, 88% da representação política e US$ 4.957,00 de renda per capita.

Dentro da Amazônia brasileira cabem nada menos de 17 países europeus, que são mostrados em representação gráfica pelo general: Bélgica, Alemanha, Eslováquia, França, República Checa, Holanda, Espanha, Áustria, Albânia, Portugal, Itália, Bósnia, Inglaterra e Suíça. Com certeza, grupos suspeitos, cada vez maiores, de várias dessas nações, já se estabeleceram, se movimentam e realizam ações escusas no território amazônico.

“Eles levam as nossas riquezas”

O senhor acredita que existe mesmo um movimento internacional, organizado, para nos tomar a Amazônia?

– Ainda não. Há interesses das grandes potências, que já se manifestam e atuam individualmente. Os estrangeiros já estão dentro da Amazônia e são ali cada vez mais numerosos, atuantes e influentes – afirma o general, que durante cinco anos serviu no Comando Militar da Amazônia.

São as ONGs e outras instituições, a maioria religiosas, científicas e culturais. Só as ONGs totalizam mais de 600, devidamente levantadas pelo Exército, a maioria originárias de outros países, atuando junto à rarefeita população branca e aos índios, e levando nossas riquezas de todo tipo. Fora de nossas fronteiras, cercando-nos, estão 20 bases militares dos Estados Unidos, a título de combater o narcotráfico e a guerrilha.

Na recente Operação Timbó, desenvolvida pelas Forças Armadas na região, foi surpreendido, na fronteira com o Peru, um contrabando de mogno, realizado por representantes de empresas estrangeiras que, para tanto, usavam caboclos e índios brasileiros para marcar as melhores árvores, que eram a seguir arrancadas por tratores que as arrastavam para o território peruano.

As imagens vão se sucedendo no computador, os mais diferentes aspectos mapeados e apresentando considerações e conclusões, como na parte “Estrangeiros na Amazônia”, em que estão relacionados: “Aumento crescente nos últimos anos, deficiente controle, nível cultural elevado, presença de norte-americanos, europeus, bolivianos, colombianos e peruanos”. Um dado importante que não deixa dúvidas sobre as intenções de presença crescente de estrangeiros no nosso território: o governo da Guiana Francesa paga um salário por criança nascida no Brasil, que ali seja registrada, para retornar ao nosso País, mas com cidadania daquele departamento ultramarino da França.

Os levantamentos do Exército são cada vez mais amplos e pormenorizados, apresentando detalhes e considerações até mesmo curiosas. O general fala, orgulhoso, do trabalho dos pelotões de fronteira, que constituem praticamente a única presença do poder brasileiro na região. Essas unidades são procuradas por índios e caboclos, em busca de assistência de toda espécie, sobretudo médica. Ele conta o que ouviu e guardou de um tenente que ali serve:

– Os visitantes que aparecem aqui se emocionam, choram e vão embora. Só o Exército fica...

Fica, sabe das coisas e sabe cada vez mais, preparando-se para o que der e vier.

O Brasil inteiro contra o mundo

Jávier Godinho


No computador do general- de-brigada Marco Aurélio Costa Vieira, estão textos, fotos, mapas, gráficos e muitos dados que ele usa nas suas freqüentes exposições a entidades militares e civis. Com mais de cinco anos de experiência no Comando Militar da Amazônia, onde foi chefe da Seção de Doutrina e da Seção de Logística, antes de vir para Goiânia comandar a Brigada de Operações Especiais, a mais moderna e completa unidade do Exército, ele vivenciou a preocupante realidade na maior floresta do mundo. Sua apreensão é grande; por isso, ele busca despertar a consciência nacional para a necessidade de ocupação racional, de fato, pelos brasileiros, da Amazônia, onde a cobiça estrangeira cada vez mais estende seus tentáculos.

Do seu arsenal ilustrado, para convencimento dos incautos, constam opiniões manifestadas por muitos donos do mundo, que passaram pelas nações mais ricas e poderosas da Terra sobre a posse da Amazônia pelo Brasil. Vale a pena conhecê-las pois, certamente, no presente e no futuro, influenciarão decisões internacionais.

Comecemos por Margareth Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido (Inglaterra), em 1983:

“Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas.”

Continuemos com seu sucessor, o primeiro-ministro John Major, líder do Partido Conservador inglês, em 1992:

“As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum de todos no mundo. As campanhas ecológicas sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandista para dar início a uma fase operativa, que pode definitivamente engajar intervenções militares diretas sobre a região.”

Em 1989, esta foi a voz de François Mitterrand, primeiro socialista presidente da França, cargo que ocupou durante 14 anos:

“O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia.”

Vejamos o pensamento russo, expresso, em 1992, por Mikhail Gorbachev, o estadista que liderou o fim do regime comunista e a volta do mundo socialista à economia de mercado:

“O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes.”

CIA está na região desde 96

A opinião dos Estados Unidos pode ser encontrada nesta fala de Henry Kissinger, diplomata que foi assessor da Casa Branca e secretário de Estado, Prêmio Nobel da Paz em 1973:

“Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não-renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus direitos”.

De Al Gore, em 1989, que foi duas vezes vice-presidente e uma vez candidato à Presidência dos Estados Unidos:

“Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós.”

Assim falou, em 1998, Patrice Hugles, chefe do órgão central de informações das Forças Armadas Americanas:

“Caso o Brasil resolva fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente nos Estados Unidos, temos de estar prontos para interromper esse processo imediatamente.”

Em 1996, Madeleine Albright, secretária de Estado dos Estados Unidos, revelou:

“Atualmente, avançamos em uma ampla gama de políticas, negociações e tratados, em colaboração com programas da ONU, diplomacia bilateral e regional, distribuição de ajuda humanitária aos países necessitados e crescente participação da CIA em atividades de inteligência ambiental”. Já era, então, claríssima, a presença declarada da CIA na Amazônia, onde as ONGs e tantas outras instituições com rótulos de científicas, culturais e defensoras do meio ambiente atuam de mil e uma maneiras.

A História não deixa mentir

Muito antes disso, conforme o Diário da Manhã já publicou mais de uma vez, no começo do século 20 a então todo-poderosa Alemanha comunicou ao Barão do Rio Branco: “Seria conveniente que o Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais da Amazônia.” A competência desse diplomata brasileiro extraordinário e patriota maior ainda abortou as tentativas de invasões estrangeiras, disfarçadas sob o argumento de que o Brasil não teria condições de explorá-la e a humanidade não poderia se privar de desfrutar da Amazônia.

O Brasil já repeliu a tentativa do Hudson Institute de juntar as águas dos maiores rios do mundo para formar o Grande Lago Amazônico.

Voltando um pouco mais no tempo, vamos encontrar o general James Watson Webb, um racista notório, ministro plenipotenciário de Washington, elaborando um plano para que a Amazônia fosse destinada aos negros norte-americanos, evitando que se repetissem as condições socioeconômicas que levaram o país à Guerra de Secessão.

Lembremos malfadadas companhias, dentre elas a Amazon River Corporation, que tinham por finalidade colonizar a Amazônia.

No princípio do século 20, o presidente Epitácio Pessoa ouviu, estarrecido, em Genebra, a proposição do presidente Wilson, dos EUA, de internacionalização da Amazônia.

No Japão, vicejou a tese de que filhos de soldados americanos com japonesas durante a ocupação da Segunda Grande Guerra deveriam ser mandados para a Amazônia.

O presidente Eurico Gaspar Dutra rechaçou as propostas norte-americanas de enviar para a Amazônia excedentes populacionais de Porto Rico e 200 mil refugiados árabes da Palestina.

O general Juarez Távora denunciou as escandalosas concessões pretendidas pela Amazon Corporation of Delaware e a The Canadian Amazon Corporation Co. de extrair, com exclusividade, as riquezas naturais amazônicas.

Em 1993, o ex-presidente José Sarney denunciava a concentração de tropas norte-americanas na Guiana, no Suriname e na Venezuela. Hoje, é pública e notória a presença de militares dos EUA no Equador, Peru, Paraguai e, sobretudo, na Colômbia, a título de combater o narcotráfico e a guerrilha. É um cinturão de 20 bases, que se encomprida e se alarga, fechando o cerco.

E quem pensa que essa ambição internacional é típica de governos, da qual estão isentas as instituições que afirmam agir na Terra em nome dos Céus, oferecemos mais um quadro que salta do computador do comandante da Brigada de Operações Especiais, do Exército do Brasil. O personagem é o Conselho Mundial de Igrejas Cristãs que, em 1981, manifestou o seguinte, em Genebra:

“A Amazônia é um patrimônio da humanidade. A posse dessa imensa área pelo Brasil, Venezuela, Peru, Colômbia e Equador, é meramente circunstancial.”

Pior do que isso só o cartão muitas vezes encontrado até em forma de guardanapo de papel, em restaurantes de Londres, cuja tradução do inglês é esta:

“Lute pela floresta. Torre um brasileiro.”

Muita disposição, poucos recursos

Jávier Godinho


As Forças Armadas são a única presença certa do Estado brasileiro nas regiões de fronteira. Tudo o mais é vago ou rarefeito. Não obstante, devido ao espaço físico descomunal, os recursos que lhe são proporcionados muito longe estão de atender-lhes as necessidades mínimas.

O Comando Militar da Amazônia, sediado em Manaus, conta com um efetivo aproximado de 22 mil homens, tendo como missão principal guarnecer o arco amazônico de fronteiras, com 11.248 quilômetros, acrescidos de 1.670 quilômetros de litoral, somando, portanto, 12.918 quilômetros, o equivalente a um terço do equador terrestre. Vigiar com apenas 22 mil homens essa linha que corresponde a mais de oito vezes e meia a distância Goiânia–Rio de Janeiro é um ato de heroísmo, mas missão impossível.

No encarte A Amazônia, que circulou na edição de outubro de 2000 da Revista do Clube Militar, há uma revelação muito grave, que já deveria ter sensibilizado a Presidência da República e o Congresso Nacional: nas condições atuais, tropas brasileiras não têm como se impor ao norte do Rio Amazonas. A seriedade do Clube Militar é indiscutível. Sua fundação data de 26 de junho de 1887, dois anos, portanto, antes da Proclamação da República. Ele congrega oficiais da reserva e é hoje presidido por um ex-comandante militar da Amazônia, o general Luiz Gonzaga Schroeder, o mesmo que nesta função publicamente alertou a Câmara dos Deputados sobre os perigos que corre a integridade do território nacional.