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Tópico: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

  1. #1
    GeForce 2 GTS Avatar de San Andreas
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    Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    A sonda espacial Voyager 2 (lançada em agosto de 1977) está agora a 12.8 bilhões de quilômetros da Terra, viajando a uma velocidade de 56 mil km/h. A sonda espacial Voyager 1 (lançada em setembro de 1977) está a uma distância de 16.5 bilhões de quilômetros, viajando a uma velocidade de 61 mil km/h.

    Uma equipe de 10 engenheiros, tanto em período integral quanto em meio-período, mantém contato diário, apesar de a comunicação à velocidade da luz demorar cerca de 30 horas para a Voyager 1 e 24 horas para a Voyager 2.

    A Voyager 2 agora está atravessando uma região chamada heliosheath, uma camada exterior da heliosfera, onde o vento solar é desacelerado pela pressão do gás ou vento interestelar. Na próxima década ela irá cruzar a fronteira final, chamada heliopausa, onde termina o fluxo de partículas do Sol. Então ela será capaz de medir as características do meio interestelar pela primeira vez, em uma região não afetada pelo vento e pelo magnetismo solares.

    O gerador termoelétrico de radioisótopos das Voyager tem plutônio suficiente até 2025. Depois de 2025, sem energia elétrica, sem computadores, sem os giroscópios de orientação e sem o combustível químico (hidrazina) que aciona os foguetes de posicionamento, a Voyager seguirá seu destino rumo ao desconhecido.










    Map showing location and trajectories of the Pioneer 10, Pioneer 11, Voyager 1 and Voyager 2 spacecraft, as of April 4, 2007.







    http://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_program


    A sonda Voyager 1 da Nasa chegou nesta terça-feira a uma distância de cem unidades astronômicas do Sol e continua transmitindo informações em sua longa viagem pelos confins do sistema solar, anunciou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial americana (JPL).

    Isso significa que a nave, lançada há quase três décadas do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida), encontra-se a uma distância cem vezes superior à que separa a Terra do Sol. Segundo Ed Stone, cientista do projeto e ex-diretor do JPL, a Voyager 1, que é acompanhada "muito de perto" pela Voyager 2 e que já percorreu 15 bilhões de quilômetros, cumpriu com as previsões que indicavam que, após quase 30 anos, ambos os aparelhos ainda estariam funcionando sem incidentes.

    "O que não podia se prever é se alguma iriam se desgastar ou sofrer algum problema. A Voyager 1 e a Voyager 2 funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas foram fabricadas para durar", disse. Agora, quando o Sol é apenas um ponto no espaço, a longevidade de ambas as naves se deve ao fato de funcionarem com a energia proporcionada por geradores termoelétricos de radioisótopos.

    Segundo o JPL, a Voyager 1 está agora nos confins de nosso sistema solar e se aventura no espaço interestelar totalmente desconhecido. A uma velocidade de 1,6 milhão de quilômetros por dia, a sonda pode atravessar esse espaço interestelar em 10 anos.

    "O espaço interestelar está cheio de material liberado pelas explosões das estrelas mais próximas. A Voyager 1 será o primeiro objeto fabricado pelo homem que o cruzará", disse Stone. Ambos as Voyager já enviaram informações em suas passagens por Júpiter, Urano, Saturno e Netuno. Além disso, trouxeram mais informações sobre os ventos solares, que são correntes de partículas carregadas de energia que saem do Sol a mais de 1,5 milhão de quilômetros por hora.



    Radioisotope thermoelectric generators for the Voyager program.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Radiois...tric_generator







    As duas sondas (Voyager 1 e 2) carregam consigo um disco (e a respectiva agulha) de cobre revestido a ouro, contendo uma apresentação para outras civilizações, com 115 imagens (onde estão incluídas imagens de pescadores portugueses e a Grande Muralha da China, entre outras), 35 sons naturais (vento, pássaros, água ...) e saudações em 55 línguas, incluíndo Português. Foram também incluídos excertos de música étnica, de obras de Beethoven e Mozart e "Johnny B. Goode" de Chuck Berry.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record






    Placa de saudação a civilizações extra-terrestres concebida por Carl Sagan e instalada na Voyager 1









    Voyager















    O ultimo adeus da Pioneer 10

    A 12 bilhões de km da Terra, sonda espacial Pioneer 10 pode ter enviado seu derradeiro sinal

    A sonda espacial Pioneer 10 (lançada em 1972) foi o primeiro equipamento construído pelo homem a ir além da órbita de Marte e Plutão



    http://en.wikipedia.org/wiki/Pioneer_program


    A sonda espacial Pioneer 10, lançada ao espaço em 2 de março de 1972 e situada atualmente além dos limites do Sistema Solar, pode ter enviado à Terra seu último sopro de vida. Em 22 de janeiro de 2003, um receptor de ondas de rádio instalado em um observatório da agência espacial norte-americana (NASA) perto de Madrid captou um fraco sinal emitido pela sonda.

    Por ser construída para realizar viagens espaciais distantes, a Pioneer 10 não é movida a luz solar, como outras sondas. Sua energia é produzida pelo calor resultante da desintegração de radioisótopos. Após mais de 30 anos no espaço, os engenheiros da Nasa acreditam que não há mais radioisótopos suficientes para a sonda continuar a mandar sinais para a Terra. Os últimos três sinais enviados pela Pioneer 10 foram captados pelos instrumentos da Nasa durante um curto período, insuficiente para que se recolhessem muitas informações científicas.

    A história da sonda é cheia de recordes e pioneirismo. Ela saiu da órbita terrestre, em 1972, a uma velocidade nunca alcançada antes por uma máquina: 51.810 km/h. Isso permitiu à Pioneer 10 chegar à Lua em 11 horas e à órbita de Marte em 12 semanas. A sonda foi a primeira a ultrapassar o cinturão de asteróides de 280 milhões de km de largura e 80 milhões de km de espessura localizado entre Marte e Júpiter. Não foi tarefa fácil: esses corpos celestes viajam a uma velocidade de 20 km por segundo e podem ser tão pequenos como um grão de areia ou tão grandes como o território do Alasca.

    Em sua longa missão, a sonda se tornou o primeiro equipamento a registrar imagens próximas de Júpiter. Ela também cartografou os anéis de radiação desse planeta, identificou seu campo magnético e revelou detalhes sobre sua composição. Em 1983, a Pioneer 10 tornou-se a primeira sonda a passar a órbita de Plutão, o planeta mais distante do Sol. Ela também registrou imagens de regiões fora do Sistema Solar e forneceu dados para o estudo das partículas energéticas do vento solar. Em 1997, quando a sonda já estava a milhões de quilômetros da Terra, foi decretado o fim oficial de sua missão.

    Quando enviou seu último sinal a Pioneer 10 estava a 12 bilhões de km da Terra, ou 82 vezes a distância entre a Terra e o Sol (150 milhões de km). A sonda provavelmente vai continuar silenciosamente a sua jornada rumo ao desconhecido. Os cientistas calculam que em 2 milhões de anos ela alcançará a estrela de Aldebaran, localizada no centro da constelação de Touro, a cerca de 68 anos-luz da Terra. Lá, quem sabe alguém finalmente leia a placa de saudação a civilizações extra-terrestres concebida por Carl Sagan e instalada na Pionneer 10.



    Placa de saudação a civilizações extra-terrestres concebida por Carl Sagan e instalada na Pionneer 10

    http://en.wikipedia.org/wiki/Pioneer_plaque








    Pionner 10





    Última edição por San Andreas : 01-02-2010 às 18:27:24

  2. #2
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Putz muito loko isso né, queria eu antes de morres sair do planeta uma vez

    Qt tempo sera q ta levando pra chega as transmissões do sonda?
    Fejao_escreveu: "Você sabe para que serve tecla "Scroll Lock"? Para ascender o led do teclado, burro!!!" e o GueDs humilhou : "O sentido de ascender é esse: subir, elevar-se // O outro verbo, “acender”, com “c”, é pôr fogo, ligar ou alumiar."

  3. #3
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Mas ela está chegando aquela parte cheia de meteroros ou sei lá oq, não seria muito perigoso? E qual será o alcance das transmições?
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  4. #4
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Em breve ela vai bater e se esborrachar na parede de vidro da redoma na qual somos mantidos num escritorio de alguim ser alienigena servindo de bibelô pro filho dele......
    "A crença das pessoas é inversamente proporcional a sua inteligencia."- Mantrhax 2001
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  5. #5
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Quote Originalmente postado por F0rbIz0n Ver Post
    Mas ela está chegando aquela parte cheia de meteroros ou sei lá oq, não seria muito perigoso? E qual será o alcance das transmições?


    ela já passo do cinturão de kuiper a um bocado de tempo... a próxima missão dela é comprovar a existencia da nuvem de OOrt (ou algo do genero, não lembro o nome)
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Quote Originalmente postado por Mantrhax Ver Post
    Em breve ela vai bater e se esborrachar na parede de vidro da redoma na qual somos mantidos num escritorio de alguim ser alienigena servindo de bibelô pro filho dele......

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  7. #7
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Quote Originalmente postado por King of Moria Ver Post
    ela já passo do cinturão de kuiper a um bocado de tempo... a próxima missão dela é comprovar a existencia da nuvem de OOrt (ou algo do genero, não lembro o nome)
    Mas esse cinturão aew não é o fim do sistema solar?
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  8. #8
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Quote Originalmente postado por F0rbIz0n Ver Post
    Mas esse cinturão aew não é o fim do sistema solar?
    nuvem de oort é considerado o final do sistema solar...

    da uma lida aki forbi
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuvem_de_Oort
    (\_/)
    (O.o)
    (> <) Este é Jack, o Coelho. Ajude Jack em sua caminhada pela domiação global, copie ele em sua assinatura...
    Quote Originalmente postado por teflon
    Todas as pessoas na internet são nerds e não bombados até que se prove o contrário
    Quote Originalmente postado por fenris
    brasileiro parece que quer se proteger das desgraças da vida colocando o nome da própria cidade o nome de um santo

  9. #9
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Uma equipe de 10 engenheiros, tanto em período integral quanto em meio-período, mantém contato diário, apesar de a comunicação à velocidade da luz demorar cerca de 30 horas para a Voyager 1 e 24 horas para a Voyager 2.

    Ambas as espaçonaves têm suficiente energia elétrica e propelentes de controle de estabilidade para continuarem operando até 2025.



     
    30 de novembro de 2009


    As gêmeas Voyager, na fronteira externa do sistema solar

    A avançada tecnologia das novas sondas nem se compara à delas, mas nenhuma foi tão longe



    Em 5 de março de 1979, a Voyager 1 chegou a Júpiter, seguida pela Voyager 2 em 9 de julho. De repente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa em Pasadena, Califórnia, foi inundado por fotos, claras como cristal, da atmosfera turbulenta de Júpiter e das erupções vulcânicas nunca antes vistas de sua lua, Io.

    Quando sua gêmea chegou a Saturno, elas repetiram seu desempenho de Júpiter com imagens do magnificamente intricado sistema do mundo anelado e de suas luas, fornecendo ao cientista do Projeto Voyager, Ed Stone, tudo o que ele e seus colegas desejavam em uma torrente de descobertas.

    A Voyager 2 seguiria adiante para explorar Urano, Netuno e suas luas. “O objetivo da ciência é descobrir coisas novas sobre a natureza e, normalmente, se você descobrir alguma coisa uma vez por ano já está bom”, afirma Stone. “Mas nós fazíamos descobertas diárias, vendo coisas que ninguém nunca vira.”

    As Voyagers foram as naus capitânias da era de ouro da exploração planetária nos anos 1970 e 1980. Para a geração que atingiu a maioridade depois dos gloriosos dias da Nasa com a Apollo, e viria a experimentar a dura realidade da perda da Challenger em 1986, as missões Voyager representavam um caminho empolgante para a exploração, que estava fora do alcance de missões tripuladas. Até Hollywood se deixou levar pela empolgação e fez uma das Voyagers aparecer em um dos filmes de Jornada nas Estrelas. Além disso, as Voyagers 1 e 2 ainda estão voando, saindo do sistema solar a mais de 55000 quilômetros por hora. Espera-se que elas atinjam o espaço interestelar por volta de 2014.

    Quando lançou as sondas gêmeas, a Nasa estava se aproveitando de um raro alinhamento entre Júpiter, Saturno, Urano e Netuno que ocorre uma vez a cada 175 anos, para enviar sondas em um “grand tour” do sistema solar. O alinhamento permitiu às sondas aproveitar a gravidade de cada planeta e saltarem de um a outro usando quantidades relativamente mínimas de combustível. Essa técnica foi demonstrada pela Nasa pela primeira vez com a missão Mariner 10, de Vênus e Mercúrio, de 1973 a 1975.

    As Voyagers foram projetadas como uma missão de quatro anos para Júpiter e Saturno, construídas para durar no máximo cinco anos. No entanto, se sua primeira missão fosse um sucesso, a Nasa decidiria seguir, ou não, para Urano e Netuno, recorda Stone.

    A Voyager foi, na verdade, a versão reduzida de um plano muito maior, proposto pela primeira vez na metade dos anos 1960, de enviar quatro veículos espaciais idênticos em uma missão mais longa ainda pelos planetas exteriores, de Júpiter a Plutão. Dois dos Veículos Espaciais Termoelétricos dos Planetas Exteriores, ou TOPS na sigla em inglês, seriam lançados em 1977 e outros dois em 1979.

    Apesar de a Nasa ter enviado um pedido de orçamento para essa missão estendido em setembro de 1971, James Fletcher, então administrador da agência, descobriu em dezembro que o presidente Nixon só financiaria um dos projetos: ou o ônibus espacial, ou a missão dos TOPS. Antes do final de 1971, Fletcher concordou em cancelar o TOPS e substituí-lo por um par mais barato de veículos espaciais, que iriam apenas para Júpiter e Saturno.

    A missão ressuscitou como Mariner-Júpiter-Saturno 1977, ou MJS ’77. Em março de 1977, alguns meses antes do lançamento de ambas as sondas, a missão teve seu nome trocado para Voyager. Enquanto isso, a equipe esperava que a missão fosse estendida para Urano e Netuno, algo que não fazia parte do plano original. “Mesmo uma jornada de quatro anos era considerada muito arriscada, então em vez de se comprometer com uma viagem de 12 anos para Netuno, que poderia não dar certo, a Nasa prudentemente decidiu: ‘Vamos fazer uma jornada de quatro anos para [Júpiter e] Saturno, e de lá vemos o que fazer’”, informa Stone.

    A Voyager 1 completou sua primeira missão em novembro de 1980 depois de sobrevoar Titã, uma das luas de Saturno, e de passar por trás dos anéis do planeta. A experiência curvou a trajetória da sonda na direção Norte, para fora do plano eclíptico do sistema solar e na direção do espaço interestelar, o que destruiu a possibilidade de seguir para outros planetas externos.

    Se a Voyager 1 falhasse em cumprir seus objetivos em Saturno, a Nasa poderia redirecionar a Voyager 2 para completar a missão de sua irmã gêmea. A Voyager 2 foi lançada duas semanas antes da 1, mas estava programada para fazer uma trajetória mais longa que a levaria além de Saturno nove meses depois da Voyager 1, e então ela seguiria para Urano e Netuno se a Voyager 1 tivesse cumprido seus objetivos.

    As Voyagers – desenvolvidas graças aos sucessos do veículo Pioneer antes delas e que prepararam o terreno para Galileu, Cassini e outras sondas robóticas interplanetárias – tinham um poder computacional desprezível para os padrões de hoje. Cada sonda tinha três computadores com cerca de 8000 palavras de memória cada, calcula Stone. Isso significa que a equipe da Voyager freqüentemente tinha de fazer o upload de novos programas, particularmente durante os encontros, quando os cientistas queriam apontar as câmeras para vários locais. “A missão foi projetada para ser reprogramada”, afirma Stone. “O que não previmos antes do lançamento, por que fazíamos um planeta de cada vez, foi como reprogramar a sonda depois de Saturno.”

    Em seu último encontro planetário, com Netuno, em 25 de agosto de 1989, a Voyager 2 chegou a um ponto no espaço que ficava a 100 quilômetros do alvo pretendido – depois de viajar mais de sete bilhões de quilômetros. A precisão foi o equivalente a encaçapar uma bola de golfe em um buraco a 3630 quilômetros de distância. O tempo de chegada ficou a alguns segundos do esperado – um ponto fundamental, já que a câmera e os outros instrumentos da sonda estavam programados para começar a funcionar em um momento específico, ressalta Stone.

    Para conseguir imagens dos planetas mais externos foi necessária certa sutileza por parte dos programadores. A luz do Sol era quatro vezes menor em Urano e nove vezes menor em Netuno do que em Saturno; a Voyager 2 precisava ser reprogramada para que sua câmera conseguisse exposições mais longas. Mas isso também significava que a sonda tinha que ser corrigida para girar levemente enquanto sobrevoasse o que ia fotografar. Os ajustes permitiram às câmeras capturar imagens com uma luminosidade menor, e evitaram imagens borradas durante longas exposições. “Nós realmente precisávamos saber exatamente quando e para onde olhar, porque era nesse instante que a manobra deveria ser executada”, recorda Stone. “Tudo foi calculado muito precisamente. Tivemos que adotar novas técnicas para essas exposições conforme avançávamos pelo sistema solar.”

    O Grand Tour da Voyager 2 pelo sistema solar exterior revelou uma vizinhança cósmica surpreendente, onde luas que se pensava estarem mortas e congeladas estavam pipocando com atividade geológica, escondendo prováveis oceanos subterrâneos e possivelmente abrigando vida. O passeio também deixou os cientistas boquiabertos com a descoberta de um campo magnético anormal em Urano e, em sua passagem por Netuno, com observações de tempestades gigantes, como as de Júpiter, naquele que os cientistas pensavam ser um planeta tranqüilo. Além disso, encontrou gêiseres de gás nitrogênio e poeira em sua lua congelada, Tritão.

    O acúmulo de descobertas inesperadas humilhou a equipe da Voyager, reconhece Stone. “Tínhamos um ponto de vista muito ‘geocêntrico’ antes da Voyager”, nota. “Nossa experiência com a Terra havia se tornado nosso padrão e expectativa, e o que a Voyager mostrou todas as vezes foi que essa visão era muito limitada. Nós realmente não entendíamos o sistema, porque pensamos que a Terra fosse algo comum – e não é.”

    Hoje, as Voyagers rumam em direção ao vácuo. Com suas câmeras desligadas e usando somente os instrumentos essenciais para racionalizar a energia de suas baterias de plutônio, cada vez mais fracas, elas atingiram a fronteira externa do sistema solar, uma região chamada de heliosheath, onde o vento solar se choca com o meio interestelar. A Voyager 1, tendo se curvado para o Norte primeiro, fora do plano eclíptico, está muito mais longe – a quase 16,5 bilhões de quilômetros da Terra, em 31 de julho. A Voyager 2, que deixou o sistema solar rumo ao Sul, está a mais de 12,8 bilhões de quilômetros de casa.

    Uma equipe de 10 engenheiros, tanto em período integral quanto em meio-período, mantém contato diário, apesar de a comunicação à velocidade da luz demorar cerca de 30 horas para a Voyager 1 e 24 horas para a Voyager 2. Ambas as espaçonaves têm suficiente energia elétrica e propelentes de controle de estabilidade para continuarem operando até 2025. Até o encontro da Voyager 2 com Netuno, as missões custaram US$ 865 milhões. Agora a Nasa gasta cerca de US$ 5 milhões anualmente para manter as duas sondas, afirma Ed Massey, gerente de projeto da Voyager desde 1998.

    Os cientistas estimam que em cerca de 40 mil anos, as duas sondas estarão nas vizinhanças de outras estrelas e a cerca de dois anos-luz do Sol. No momento, sua distância já lhes dá uma vantagem única – a visão que um pássaro teria do sistema solar. E, como última conquista ótica, a câmera da Voyager 1 conseguiu imagens a 6,5 bilhões de quilômetros de distância. O mosaico de 60 fotos, tiradas em 14 de fevereiro de 1990, captou o Sol e seis planetas. O “Retrato de Família”, como ficou conhecido, mostrou a Terra como um “pálido ponto azul” flutuando nas ondas de luz solar.

    O astrônomo Carl Sagan, que ficou tentando convencer a Nasa a tirar a foto durante anos, escreveu um ensaio poético inspirado pela imagem: “Olhe de novo para aquele ponto”, escreveu Sagan. “Lá é cá. É nosso lar. Somos nós… O único lar que já conhecemos.” A bordo das sondas estão registros dourados, que contêm um punhado de informações sobre a vida na Terra, incluindo imagens, capítulos de enciclopédias sobre anatomia humana e gravações de saudações em várias línguas. Defendida por Sagan, a cápsula do tempo pode algum dia ser encontrada por vida alienígena.

    Massey ri quando se lembra de como responde às pessoas que ficam preocupadas com a idéia das Voyagers encontrarem ETs. “Algumas delas perguntam se não estamos dizendo a eles onde estamos. Perguntam se não vão usar essas informações para nos atacar”, diverte-se ele. “Eu digo que eles já sabem onde estamos por causa das transmissões de I Love Lucy”.

    http://www2.uol.com.br/sciam/noticia...ema_solar.html




    Voyager 1 is thought to have penetrated the termination shock in late 2004
    Última edição por San Andreas : 31-01-2010 às 23:03:45

  10. #10
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Tradução simultânea? E por onde anda essa bagaça ae, 4 anos depois do tópico morrer?
    Leia a minha coluna - Diário de Estagiário:
    http://www.investidura.com.br/biblio...stagiario.html

    PC:
    Intel Core 2 Duo E6850 - Asus P5K Deluxe - 2x 2GB DDR2 1002Mhz - [OCZ SSD Core Series V2 60Gb + Seagate 500GB SATA 32Mb Buffer] - XFX GeForce 9800GT 512MB GDDR3 - Seventeam 620W Real

  11. #11
    Voodoo Avatar de bunnyy
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    e eu que achava meu carro potente :/
    AMD Athlon x2 7750@2.7Ghz | ECS GF8200 Black Series | 4GB DDR2 | XFX GeForce 9600GT 512MB | HD 320GB | LG Flatron 19" | Fonte 500W

    Never is too late...

  12. #12
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Qua, 06 de Janeiro de 2010


    Há uma nuvem interestelar lá fora, nas vizinhanças de nosso Sistema Solar, que segundo a física não deveria existir.

    Na revista Nature de 24 de dezembro de 2009, uma equipe de cientistas revelam mais essa descoberta, feita graças as sondas Voyager.



     
    "Usando dados da Voyager, descobrimos um forte campo magnético logo depois da fronteira do Sistema Solar", explica Merav Opher, um dos autores da descoberta. "Este campo magnético mantém coesa a nuvem interestelar e resolve o enigma de longa data de como ela pode de fato existir."

    Em um futuro muito distante, o Sistema Solar deverá esbarrar em outras nuvens semelhantes no nosso braço da Via Láctea.

    A nuvem sendo atravessada é chamada de Nuvem Interestelar Local. Ela tem cerca de 30 anos-luz de largura e contém uma mistura rala de átomos de hidrogênio e hélio a uma temperatura de 6000º C.

    O mistério da Nuvem Interestelar Local está ligado a seu entorno. Há cerca de 10 milhões de anos um grupo de supernovas explodiu nas proximidades, criando uma bolha gigante de gás com milhões de graus de temperatura. A
    Nuvem Interestelar Local é completamente rodeada por esta fumaça de supernova de alta pressão e deveria ter sido comprimida ou dispersada por ele.

    "A temperatura observada e a densidade da nuvem local não têm a pressão suficiente para resistir à "ação de esmagamento" do gás quente ao redor dela," diz Opher.

    As Voyager agora descobriram uma resposta para a contínua existência da nuvem. "Os dados da Voyager mostram que a Nuvem é muito mais fortemente magnetizada do que qualquer um suspeitava até agora - entre 4 e 5 microgauss", diz Opher. "Este campo magnético pode fornecer a pressão extra necessária para resistir à destruição".

    Um microgauss representa um milionésimo de Gauss, uma unidade de intensidade de um campo magnético muito utilizada pelos astrônomos e geofísicos. O campo magnético da Terra é de cerca de 0,5 gauss ou 500.000 microgauss.

    As duas sondas Voyager da NASA, estão correndo para fora do sistema solar há mais de 32 anos. Elas estão agora além da órbita de Plutão e prestes a entrar no espaço interestelar.

    Apresentamos um completo artigo sobre a fascinante missão das Voyager, aliás, em nossa seção Cimofic do Aumanack.

    A Nuvem Interestelar Local é mantida fora das bordas do Sistema Solar pelo campo magnético do Sol, que é inflado pelo vento solar, formando uma bolha magnética mais de 10 mil quilômetros de largura, a chamada heliosfera.

    Ela funciona como um escudo que protege o interior do Sistema Solar dos raios cósmicos galácticos e das outras nuvens interestelares. As duas sondas Voyager estão agora na camada exterior da heliosfera (heliosheath), onde o vento solar é desacelerado pela pressão do gás interestelar.

    A Voyager 1 entrou na heliosfera em dezembro 2004. A Voyager 2 seguiu-a quase 3 anos depois, em agosto de 2007. Essas passagens para fora do Sistema solar foram fundamentais para as descobertas agora anunciadas pelos cientistas.

    O tamanho da heliosfera é determinado por um equilíbrio de forças: o vento solar infla a bolha a partir de dentro, enquanto a Nuvem Interestelar Local a comprime de fora. As passagens das Voyager pela fronteira da heliosfera
    revelaram seu tamanho aproximado e a intensidade da pressão exercida pela Nuvem Interestelar Local.

    O fato da Nuvem Interestelar Local ser fortemente magnetizada significa que outras nuvens nas nossas vizinhanças galácticas também poderão ser.

    Eventualmente, o Sistema Solar irá de encontro a uma delas, e seus campos magnéticos poderão comprimir a heliosfera além da sua compressão atual, diminuindo seu tamanho.

    A compressão adicional poderá permitir que mais raios cósmicos atinjam o interior do Sistema Solar, possivelmente afetando o clima terrestre e a capacidade dos astronautas em viajar com segurança pelo espaço.

    Por outro lado, os astronautas não precisariam viajar tão longe para conhecer o espaço interestelar, porque ele estaria mais próximo do que nunca.

    Estes eventos ocorrem em escalas de tempo de dezenas a centenas de milhares de anos, que é o tempo que leva para que o Sistema Solar se desloque de uma nuvem para outra.

  13. #13
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    O renomado físico britânico Stephen Hawking sugeriu que os seres humanos devem evitar fazer contato com seres extraterrestres.


    "Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando (Cristóvão) Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos."Em uma série de documentários a ser exibida em maio no Discovery Channel, Hawking diz que é "perfeitamente racional" acreditar que pode existir vida fora da Terra, mas adverte que os alienígenas podem simplesmente roubar os recursos do planeta e ir embora.

    "Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando (Cristóvão) Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos", afirma.

    No passado, foram enviadas sondas para o espaço levando artefatos com diagramas e desenhos mostrando a localização da Terra.



    http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/...britanico.html





    Doutor em cosmologia, é um dos mais consagrados físicos teóricos da atualidade. Hawking foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge (posto que foi ocupado por Isaac Newton). Depois de atingir a idade limite para o cargo, tornou-se professor lucasiano emérito daquela universidade.


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking


    Lista dos professores lucasianos

    Esta é a lista dos ocupantes da cátedra:


    1664: Isaac Barrow
    1669: Sir Isaac Newton
    1702: William Whiston
    1711: Nicholas Saunderson
    1739: John Colson
    1760: Edward Waring
    1798: Isaac Milner
    1820: Robert Woodhouse
    1822: Thomas Turton
    1826: Sir George Biddell Airy
    1828: Charles Babbage
    1839: Joshua King
    1849: Sir George Gabriel Stokes
    1903: Sir Joseph Larmor
    1932: Paul Adrien Maurice Dirac
    1969: Sir Michael James Lighthill
    1980: Stephen Hawking





    http://news.nationalgeographic.com/n...k26/index.html


    Kennedy Space Center, Florida, April 26, 2007—Whirling like a "gold-medal gymnast"—as one crew member put it—Stephen Hawking took blissful leave of his wheelchair for a 90-minute airplane flight featuring 25-second bouts of weightlessness.

  14. #14
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    A NASA possui varias antenas parabólicas gigantes para comunicação com naves espaciais fora da órbita da Terra (como as Voyager e Pioneer) e também para comunicação com satélites na órbita da Terra.

    As antenas são operadas pelo Deep Space Network (DSN).

    O DSN possui 3 centros:

    ● Goldstone, Deserto de Mojave, California
    ● Robledo de Chavela, proximo a Madrid, na Espanha
    ● Camberra, na Austrália

    As antenas do DSN também são usadas para radioastronomia.




    Deep Space Network - Wikipedia, the free encyclopedia

    Canberra Deep Space Communication Complex - Wikipedia, the free encyclopedia

    Goldstone Deep Space Communications Complex - Wikipedia, the free encyclopedia

    Madrid Deep Space Communication Complex - Wikipedia, the free encyclopedia










    Antena de 64 metros de diametro





    Deep Space Network Goldstone, California – antena com 70 metros de diâmetro





    Canberra Deep Space Communication Complex – antena com 70 metros de diâmetro




    Front view of the Madrid Deep Space Network Complex, near the town of Robledo de Chavela. – Antena com 62 metros de diametro







    A antena parabolica de 70 metros de diametro da NASA em Madrid transmite sinais [banda S (2 a 4 GHz) e banda X (8 a 12 GHz)] com a potencia de mais de

    400 mil WATTS




  15. #15
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    Re: Após 30 anos e 15 bilhões de km, Voyager se aproxima do fim do Sistema Solar

    Eu sou APAIXONADO por esses projetos de satélites e etc.
    Tanto pela parte teconologica quando histórica
    (\_/)
    (O.o)
    (> <) Este é Jack, o Coelho. Ajude Jack em sua caminhada pela domiação global, copie ele em sua assinatura...
    Quote Originalmente postado por teflon
    Todas as pessoas na internet são nerds e não bombados até que se prove o contrário
    Quote Originalmente postado por fenris
    brasileiro parece que quer se proteger das desgraças da vida colocando o nome da própria cidade o nome de um santo

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