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Tópico: Arquipélago de São Pedro e São Paulo - o local mais inóspito do Brasil

  1. #1
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    Arrow Arquipélago de São Pedro e São Paulo - o local mais inóspito do Brasil

    http://en.wikipedia.org/wiki/Saint_P...ul_Archipelago





    30 FOTOS

    http://g1.globo.com/natureza/fotos/2...sao-paulo.html





    G1 visita arquipélago mais inóspito do Brasil

    Ilhas de São Pedro e São Paulo só podem ser acessadas por navio.

    Naturalista Charles Darwin visitou local no século 18.



    As cinco grandes pedras que surgem das profundezas do Atlântico, a mais de 1.010 km da costa brasileira, podem não ter inspirado o autor Carlos Drummond de Andrade a escrever seu famoso poema “No meio do caminho”.

    Mas ele nunca poderia ter imaginado que a frase marcante “tinha uma pedra no meio do caminho” poderia descrever perfeitamente o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, um conjunto de ilhas que mal aparece no oceano localizado entre o Brasil e a África.

    O G1 está na região considerada mais inóspita do país, onde é possível se chegar apenas por navio e que é classificada por cientistas como uma das áreas mais promissoras para a pesquisa, devido à diversidade de espécies e de informações geológicas.

    A bordo do Navio Balizador Comandante Manhães, a reportagem partiu da Base Naval de Natal (RN) no último sábado (25) e só alcançou as ilhas rochosas nesta quarta-feira (29).

    A embarcação foi responsável pelo transporte de 33 oficiais e três civis, sendo um pesquisador e mais dois técnicos, um do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro da Embratel – este último com a importante de missão de verificar o funcionamento da internet e do telefone na ilha (ambas com a utilização de satélite).

    Em segurança

    Com uma área de 17 mil m² e apenas 18 metros de altitude, São Pedro e São Paulo é um território guardado pela Marinha do Brasil, que mantém funcionando no local – há 14 anos --uma estação científica habitada constantemente por pesquisadores de diversas universidades.

    Apenas uma ilha, a de Belmonte, é habitada e contém algum tipo de vegetação. O restante é ocupado por caranguejos e aves como o atobá-marrom (Sula leucogaster).

    O revezamento de pessoas ocorre graças ao trabalho do Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo (Proarquipelago), cuja manutenção é coordenada pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), ligado ao governo federal.

    À frente desta tarefa está o capitão-de-corveta Marco Antonio Carvalho de Souza, gerente do Proarquipelago e que já esteve na ilha por mais de 25 vezes.

    Ele conta que as ilhas, que sempre pertenceram ao Brasil, só foram de fato habitadas devido à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM), de 1982, ratificada pelo país em 1988.

    “Com a garantia da habitabilidade, esta localidade se tornaria Zona Exclusiva Econômica e o país ganharia uma área adicional para exploração econômica (como petróleo e a pesca comercial) de 450 mil km² -- mais de dez vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro”.

    Ocupação

    Carvalho afirma que a partir de 1998 foi iniciada a ocupação da estação científica a partir de parcerias feitas com universidades federais, como a do Rio Grande do Norte, Espírito Santo e a de Pernambuco, que há muito tempo estavam interessadas em desbravar a região.

    Atualmente, existem 23 projetos de pesquisa em andamento no arquipélago, em áreas como climatologia, geologia, oceanografia, biologia e engenharia de pesca.

    “É um palco único para realização de pesquisas, um laboratório vivo de extrema importância. Há o interesse de que se permaneça ali para que seja descoberto o que tem na ilha”, disse Jorge Lins, coordenador técnico do Proarquipelago.

    Para 2012, o orçamento destinado ao programa é de R$ 2,5 milhões, sendo que a maior parte disponibilizada pela Marinha e R$ 500 mil cedidos aos projetos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Darwin passou por aqui

    A história ensina que o nome do arquipélago se deu devido a um incidente envolvendo a nau portuguesa São Pedro, em 1511, que se desgarrou da armada que partiu de Portugal e veio se chocar com os rochedos, sem chance de salvamento.

    A segunda nomenclatura, São Paulo, teria sido uma homenagem a uma nau que veio resgatar a primeira embarcação.

    De acordo com a Marinha, o interesse pelo arquipélago também foi despertado no naturalista Charles Darwin, que passou pelo conjunto de ilhas em 1831, a bordo do navio Beagle. Entretanto, imagens do arquipélago só teriam sido divulgadas em no século seguinte.

    No terreno irregular das ilhas também foi instalado um farol, que orienta grandes embarcações que passam próximo ao local em direção à Ásia ou América do Norte, como navios pesqueiros chineses.

    http://g1.globo.com/natureza/noticia...do-brasil.html















    Longe de tudo, arquipélago está ligado ao mundo graças à tecnologia

    Antenas levam telefonia e internet às ilhas de São Pedro e São Paulo.

    Energia limpa abastece o local, sem impacto à biodiversidade.



    O arquipélago de São Pedro e São Paulo só não está totalmente isolado do mundo graças à tecnologia. Pesquisadores e militares que seguem constantemente para a Estação Científica, instalada no conjunto de ilhas a 1.010 km de distância da costa brasileira, conseguem se comunicar com o continente por telefone e pela internet, devido a duas grandes antenas da Embratel instaladas ali, que já se tornaram parte da paisagem e se perdem nos rochedos.

    As aves que vivem em São Pedro e São Paulo já adotaram os equipamentos como habitat, que servem inclusive como local para reprodução.

    Um flagrante inusitado feito pela reportagem do G1 foi a presença de aves, como uma fêmea de andorinha-do-mar-preta, espécie também conhecida como viuvinha, chocando calmamente um ovo em um ninho montado atrás da antena de transmissão de dados. Durante a expedição, da qual o G1 participa, um técnico enviado pela empresa é responsável pela manutenção dos equipamentos, com o objetivo de melhorar seu funcionamento.

    Mas nem sempre foi assim. Até 2004, a comunicação feita a partir da estação era por rádio. Os telefones só começaram a partir deste período. A internet veio mais tarde, em 2008, o que facilitou a pesquisa.

    “Eu diria que foi um marco, um avanço grande. Com a internet, é possível ao pesquisador online dividir com seu coordenador no continente as experiências. Isso facilitou muito o escoamento de informações científicas daqui”, disse o capitão-de-corveta Marco Antonio Carvalho de Souza, gerente do Proarquipelago.

    Sem impactos

    A preocupação em utilizar os recursos das ilhas sem impactar o ambiente é uma das prioridades do programa de pesquisas de São Pedro e São Paulo.

    Tanto que a eletricidade só chega à casa onde ficam os cientistas devido a 12 placas solares instaladas no telhado do imóvel, que geram energia suficiente para suprir a demanda do laboratório, computadores, itens básicos domésticos como geladeira e também para carregar 20 baterias, responsáveis por abastecer a moradia no período noturno.

    Esta energia também é utilizada na operação do aparelho dessalinizador, de vital importância para aqueles que permanecem na ilha por semanas, já que retira o sal da água do mar, utilizada inclusive para o consumo humano.

    “A capacidade do aparelho é de dessalinizar 50 litros de água por hora, mas não o deixamos funcionando nessa capacidade máxima. Em média, são liberados para a estação científica 150 litros de água potável por dia [o equivalente a três horas de operação], o que atende a demanda dos pesquisadores”, afirmou Carvalho.

    Energia limpa, mas perigosa

    Estudo elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), ligado à Eletrobras, definiu que a estação científica poderia ser abastecida por luz elétrica com a utilização de painéis fotovoltaicos e turbinas movidas pelos ventos (eólica), tecnologia conhecida como geração de energia híbrida.

    Entretanto, segundo Carvalho, apesar do alto potencial, as torres poderiam causar danos às aves. “Os pássaros poderiam colidir com as turbinas e seria um desconforto às espécies daqui”, ponderou.

    Quanto ao lixo gerado na base, tudo é transportado por embarcações de volta ao continente. Por isso, dentro da estação a reciclagem é fundamental para que este procedimento funcione. O esgoto, é lançado in natura no mar, mas, segundo o gerente do Proarquipelago, como é o impacto de apenas quatro pessoas “não há dano ambiental”. Ele afirma ainda que este lançamento é monitorado por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo.

    http://g1.globo.com/natureza/noticia...ecnologia.html






    Rochedo no arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)






    Estação científica funciona a base de energia solar. Na foto, placas instaladas no teto da casa-laboratório (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)


    Atobás em antena da Embratel (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)


    Viuvinha ('Anous stolidus') montou seu ninho próximo à antena da Embratel, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)




  2. #2
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    Re: Arquipélago de São Pedro e São Paulo - o local mais inóspito do Brasil

    http://en.wikipedia.org/wiki/Atol_das_Rocas



    O Atol das Rocas é o único atol do Oceano Atlântico Sul

    http://www.institutoaqualung.com.br/info_atol46.html



    O Atol das Rocas tem a forma de uma elipse quase circular, com uma área interna de 5,5 km2. Ainda que o Atol tenha dimensões pequenas e a ausência de uma laguna profunda, fato utilizado como argumento para que Rocas não fosse considerado um atol verdadeiro, sua morfologia atual apresenta várias características que são encontradas nos atóis das regiões caribenhas e indo-pacíficas. Destacam-se entre elas, a presença da laguna rasa e das ilhas arenosas no lado a sotavento do recife, características dos atóis do Caribe, a existência de uma crista de algas coralinas na borda recifal, particularidade dos atóis indo-pacíficos, e a maior extensão do anel recifal no lado a barlavento do atol, característica comum aos dois tipos de atóis.

    A estrutura rochosa do recife é formada por três estratos: um mais superficial, com cerca de 12 metros de espessura, é predominantemente composto por algas coralinas incrustantes, como acontece com todos os recifes no Brasil, e, secundariamente, por incrustações de moluscos gastrópodes e corais. O segundo e terceiro estratos, abaixo do anterior, são formado por rochas.

    A dimensão da ilha do Farol é de 34.637 m2, possuindo cerca de 1 Km de comprimento por 400 metros de largura. A ilha do Cemitério por sua vez, possui 31.513 m2, medindo aproximadamente 600 metros de comprimento por 150 de largura. As duas ilhas medem cerca de 3 metros de altura acima da preamar, sendo avistadas a aproximadamente 10 milhas náuticas, dependendo da direção de aproximação do Atol das Rocas.

    De um modo geral, o sedimento é predominantemente constituído de restos de esqueleto de algas coralinas, fragmentos de conchas de moluscos, ossos de aves e peixes e de excreções das aves (guano).






    Ruínas do antigo farol do Atol das Rocas, e o novo farol ao fundo.








  3. #3
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    Re: Arquipélago de São Pedro e São Paulo - o local mais inóspito do Brasil

    http://en.wikipedia.org/wiki/Trindade_e_Martim_Vaz

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/t...trindade.shtml



    Trindade e Martim Vaz é um arquipélago brasileiro no Oceano Atlântico, situado a cerca de 1200 quilômetros a leste de Vitória, Espírito Santo.

    Possui duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz), separadas por uma distancia de cerca de 48 quilômetros.

    Possuem uma área total de 9.5 km², metade da área do arquipélago de Fernando de Noronha. Trindade possui 9.2 km² e Martin Vaz 0.3 km².

    Em 1890, o Reino Unido ocupou Trindade, mas os ingleses abandonaram as ilhas em 1896, depois de um acordo entre com o Brasil, mediado por Portugal.

    Trindade possui 14 praias e cerca de 32 militares vivem na ilha.





    1. Praia dos Cabritos 9. Praia do Príncipe
    2. Praia dos Portugueses 10. Praia do Lixo
    3. Praia da Calheta 11. Farilhões
    4. Praia dos Andradas 12. Praia do Eme
    5. Praia das Tartarugas 13. Praia da Cachoeira
    6. Praia do Parcel 14. Praia do Noroeste
    7. Praia do Túnel 15. Praia das Orelhas
    8. Praia da Ponta do Túnel 16. Ponta Norte









    Vista aérea do Poit, onde fica o centro de operações da Marinha na ilha


    O navio "Graça Aranha", atracado na praia dos Portugueses, em frente ao Poit



































    Última edição por San Andreas : 05-03-2012 às 14:04:10

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