Kiko Rigatti
29-03-2004, 15:56:37
O excesso de exposição da vida pessoal na internet acaba de fazer mais uma vítima, mas desta vez o caso foge dos já tradicionais flagrantes de moças em motéis distribuídos por ex-namorados raivosos. O universitário Igor Cerqueira, de 24 anos, publicou em um fotolog (http://www.fotolog.net/bem_estar2/) uma foto sua bebendo uma garrafa de vodca enquanto estava dirigindo o seu automóvel. A imagem era complementada por uma legenda, na qual ele confirmava claramente que havia cometido o delito de dirigir embriagado naquela ocasião.
Ao visitar o referido site, o promotor público Luciano Bosshard constatou o delito e decidiu usar os próprios arquivos do fotolog para instaurar uma queixa-crime contra o jovem estudante. Segundo o Sr. Bosshard, o inquérito será concluído sem maiores problemas, já que a foto e a legenda servem respectivamente como prova e confissão do réu. “Como não houve um flagrante, o pedido de confisco da carteira não é cabível, mas já sugeri para o Ministério Público uma pena alternativa de 80 horas de serviço comunitário, que provavelmente será aceita”, explicou o promotor.
Amedrontado com a notificação judicial, Igor deletou os arquivos de seu fotolog, mas isso não o eximirá do processo, pois tudo já havia sido devidamente copiado e anexado ao inquérito policial.
O caso abre um precedente perigoso para as pessoas que gostam de expor publicamente todos os detalhes de suas vidas em blogs e fotologs, pois não é raro encontrar confissões de pequenos delitos e fotos flagrando o consumo de drogas. “Não pretendo fazer dessa atividade um hábito em minha carreira, mas sempre que estiver navegando e esbarrar com comportamentos ultrajantes e irresponsáveis como o deste jovem, exercerei meu dever de defensor dos interesses públicos”, conclui Bosshard
Ao visitar o referido site, o promotor público Luciano Bosshard constatou o delito e decidiu usar os próprios arquivos do fotolog para instaurar uma queixa-crime contra o jovem estudante. Segundo o Sr. Bosshard, o inquérito será concluído sem maiores problemas, já que a foto e a legenda servem respectivamente como prova e confissão do réu. “Como não houve um flagrante, o pedido de confisco da carteira não é cabível, mas já sugeri para o Ministério Público uma pena alternativa de 80 horas de serviço comunitário, que provavelmente será aceita”, explicou o promotor.
Amedrontado com a notificação judicial, Igor deletou os arquivos de seu fotolog, mas isso não o eximirá do processo, pois tudo já havia sido devidamente copiado e anexado ao inquérito policial.
O caso abre um precedente perigoso para as pessoas que gostam de expor publicamente todos os detalhes de suas vidas em blogs e fotologs, pois não é raro encontrar confissões de pequenos delitos e fotos flagrando o consumo de drogas. “Não pretendo fazer dessa atividade um hábito em minha carreira, mas sempre que estiver navegando e esbarrar com comportamentos ultrajantes e irresponsáveis como o deste jovem, exercerei meu dever de defensor dos interesses públicos”, conclui Bosshard