Mombra
18-02-2005, 23:55:30
IBM, Sony e Toshiba apresentam o Cell, processador com nove núcleos e até 4,6 GHz de velocidade
O Cell traz a computação distribuída para o mercado doméstico
Depois de anos de especulação, três das maiores empresas de tecnologia apresentaram o Cell, processador multimídia com nove núcleos e mais de 4GHz, que promete mudar o mercado de eletrônicos.
O chip, criado por IBM, Toshiba e Sony, estará presente em vários aparelhos - de celulares ao novo videogame PlayStation 3, que será lançado em 2006. Seus detalhes foram anunciados na semana passada, na International Solid State Circuits Conference, em São Francisco.
O Cell entrará em produção este ano e terá mais de 4 GHz de clock. Ao examinar a arquitetura do processador, analistas previram que ele chegará a 4,6 GHz, superando o Pentium 4 de 3,8 GHz, o mais rápido dos processadores domésticos.
Mas o novo chip não deverá concorrer diretamente com o da Intel, já que sua arquitetura é indicada apenas para aplicações multimídia, como gravadores digitais, TVs de alta definição, computação científica e diversão eletrônica.
O primeiro aparelho a receber o chip será um workstation para trabalhos acadêmicos e desenvolvimento dos jogos do PS3. O trio de criadores promete lançá-lo ainda este ano.
Na apresentação, a IBM mostrou que o Cell terá um chip da empresa e outras oito ''unidades cooperativas de processamento'', capazes de calcular operações com independência. O chip principal, um Power de 64 bits, será o maestro do Cell, delegando funções aos outros.
Embora as unidades sejam inclinadas ao trabalho multimídia, poderão realizar qualquer tipo de função. Elas abrem caminho para a aplicação da computação distribuída, com o uso até de vários sistemas operacionais em operação simultânea.
As três empresas consideram o Cell um ''supercomputador em um chip''. Sua capacidade máxima de processamento é de 256 bilhões de cálculos por segundo (256 gigaflops). O último colocado na lista semestral Top 500, das máquinas mais poderosas do planeta, tem a performance de 851 gigaflops.
As tecnologias XDR e FlexIO, licenciadas da Rambus, garantirão a troca de informações entre o chip e as memórias na impressionante velocidade de 100 GB/s. O Cell, com 221 mm² e 234 milhões de transistores, terá também 2,5 MB de memória no processador. Ele será fabricado pela IBM com a tecnologia de 90 nanômetros.
Embora o Pentium 4 não esteja ameaçado diretamente pelo Cell, o novo processador deve incomodar a maior fabricante de chips do mundo. A Intel investe pesado na ''casa digital'' e seu projeto de dominar a sala de estar enfrenta um concorrente poderoso.
- É uma ameaça real às ambições da Intel, que investiu muito no ambiente doméstico - diz Tom Starnes, pesquisador-chefe de processadores da Gartner, empresa de consultoria.
O ano de 2005 comprova que a Lei de Moore pode estar em risco. Em 1965, Gordon Moore, co-fundador da Intel, publicou um estudo que mostrava que a cada dois anos as empresas lançariam chips com o dobro de transistores e o mesmo preço.
Mas essa escala se torna cada vez mais difícil. A tecnologia mais moderna, de 90 nanômetros, começa a explorar o limite físico da distância entre os transistores, a menor unidade de um processador. A próxima geração, de 65 nanômetros, enfrentará esse problema de frente. A saída, como mostra a tríade do Cell e a própria Intel, com seus futuros Pentium com núcleo duplo, é criar um ambiente de cooperação entre os chips, em vez de criar processadores únicos e poderosos.
http://www.jb.com.br/jb/papel/cadernos/internet/2005/02/13/net3_ship
O Cell traz a computação distribuída para o mercado doméstico
Depois de anos de especulação, três das maiores empresas de tecnologia apresentaram o Cell, processador multimídia com nove núcleos e mais de 4GHz, que promete mudar o mercado de eletrônicos.
O chip, criado por IBM, Toshiba e Sony, estará presente em vários aparelhos - de celulares ao novo videogame PlayStation 3, que será lançado em 2006. Seus detalhes foram anunciados na semana passada, na International Solid State Circuits Conference, em São Francisco.
O Cell entrará em produção este ano e terá mais de 4 GHz de clock. Ao examinar a arquitetura do processador, analistas previram que ele chegará a 4,6 GHz, superando o Pentium 4 de 3,8 GHz, o mais rápido dos processadores domésticos.
Mas o novo chip não deverá concorrer diretamente com o da Intel, já que sua arquitetura é indicada apenas para aplicações multimídia, como gravadores digitais, TVs de alta definição, computação científica e diversão eletrônica.
O primeiro aparelho a receber o chip será um workstation para trabalhos acadêmicos e desenvolvimento dos jogos do PS3. O trio de criadores promete lançá-lo ainda este ano.
Na apresentação, a IBM mostrou que o Cell terá um chip da empresa e outras oito ''unidades cooperativas de processamento'', capazes de calcular operações com independência. O chip principal, um Power de 64 bits, será o maestro do Cell, delegando funções aos outros.
Embora as unidades sejam inclinadas ao trabalho multimídia, poderão realizar qualquer tipo de função. Elas abrem caminho para a aplicação da computação distribuída, com o uso até de vários sistemas operacionais em operação simultânea.
As três empresas consideram o Cell um ''supercomputador em um chip''. Sua capacidade máxima de processamento é de 256 bilhões de cálculos por segundo (256 gigaflops). O último colocado na lista semestral Top 500, das máquinas mais poderosas do planeta, tem a performance de 851 gigaflops.
As tecnologias XDR e FlexIO, licenciadas da Rambus, garantirão a troca de informações entre o chip e as memórias na impressionante velocidade de 100 GB/s. O Cell, com 221 mm² e 234 milhões de transistores, terá também 2,5 MB de memória no processador. Ele será fabricado pela IBM com a tecnologia de 90 nanômetros.
Embora o Pentium 4 não esteja ameaçado diretamente pelo Cell, o novo processador deve incomodar a maior fabricante de chips do mundo. A Intel investe pesado na ''casa digital'' e seu projeto de dominar a sala de estar enfrenta um concorrente poderoso.
- É uma ameaça real às ambições da Intel, que investiu muito no ambiente doméstico - diz Tom Starnes, pesquisador-chefe de processadores da Gartner, empresa de consultoria.
O ano de 2005 comprova que a Lei de Moore pode estar em risco. Em 1965, Gordon Moore, co-fundador da Intel, publicou um estudo que mostrava que a cada dois anos as empresas lançariam chips com o dobro de transistores e o mesmo preço.
Mas essa escala se torna cada vez mais difícil. A tecnologia mais moderna, de 90 nanômetros, começa a explorar o limite físico da distância entre os transistores, a menor unidade de um processador. A próxima geração, de 65 nanômetros, enfrentará esse problema de frente. A saída, como mostra a tríade do Cell e a própria Intel, com seus futuros Pentium com núcleo duplo, é criar um ambiente de cooperação entre os chips, em vez de criar processadores únicos e poderosos.
http://www.jb.com.br/jb/papel/cadernos/internet/2005/02/13/net3_ship