San Andreas
16-07-2007, 14:13:58
AIRBUS CONFIRMA CORTE DE 10 MIL EMPREGOS E FECHAMENTO DE FÁBRICAS
TOULOUSE, França (Reuters) - A fabricante de aviões Airbus confirmou nesta quarta-feira cortes de 10 mil empregos e anunciou planos de vender todas ou parte de suas seis fábricas. Trabalhadores protestaram e políticos criticaram os anúncios.
O presidente-executivo da Airbus, Louis Gallois, afirmou que a companhia franco-alemã precisa encontrar bilhões de euros em economias de custos e deixar para trás lutas nacionalistas classificadas por ele como "veneno" à empresa.
"Precisamos estar interessados no futuro da Airbus e no que é necessário para ela tornar-se uma companhia integrada", disse o executivo.
Gallois afirmou a jornalistas que a Airbus eliminará 5.000 empregos e 5.000 vagas terceirizadas nos próximos quatro anos.
Cerca de 4.300 postos de trabalho na França, 3.700 na Alemanha, 1.600 na Inglaterra e 400 na Espanha devem ser extintos. O corte de 5.000 funcionários diretos reduzirá a força de trabalho da companhia, que emprega 55 mil pessoas, em 9 por cento.
Os números não incluem cerca de 3.000 funcionários em três plantas que serão vendidas: St. Nazaire, na França, e Varel e Laupheim, na Alemanha.
Houve protestos em fábricas da Airbus na França e sindicatos alertaram sobre greves generalizadas. Várias centenas de funcionários de produção pararam.
Enquanto isso, as ações da EADS, controladora da Airbus, avançaram 1,81 por cento, apesar da fraqueza dos mercados financeiros globais pelos temores de desaquecimento da economia da China e dos Estados Unidos.
O abalo na Airbus acontece após o atraso de dois anos na finalização do superjumbo A380, que deixou um rombo de 5 bilhões de euros (6,61 bilhões de dólares) nas contas da EADS. A empresa ainda precisa acelerar o desenvolvimento do A350, jato rival do Boeing 787, que está 5 anos à frente da Airbus.
CRISE NA AIRBUS PROVOCA PREJUÍZO BILIONÁRIO
A fabricante de aviões Airbus tem tido problemas com o projeto do superjumbo A380, que está com as entregas atrasadas. No ano completo, a EADS teve lucro líquido de 99 milhões de euros, 94% menor do que o 1,676 bilhão de euros apurados em 2005.
Sozinha, a Airbus teve prejuízo operacional de 1,72 bilhão de euros no quarto trimestre, o que implica uma inversão no rumo tomado em 2005, quando ganhou 453 milhões de euros.
No ano de 2006, a Airbus perdeu 572 milhões de euros. Um ano antes, ganhou 2,3 bilhões de euros. A empresa entregou 434 aeronaves, superando as 378 entregas de 2005.
O impacto da filial Airbus sobre o resultado do grupo não deve ficar limitado ao último ano. A EADS acredita que em 2007 a subsidiária voltará a ter uma perda "substancial".
Os executivos-chefe da gigante européia, Tom Enders e Louis Gallois, reforçaram que os resultados da controladora foram afetados pela Airbus, mas estimaram que o plano de reestruturação Power8, anunciado recentemente e que contempla o corte de 10 mil empregos nos próximos anos, deve auxiliar a unidade a retornar à rentabilidade.
RENTABILIDADE DA BOEING SERÁ DUAS VEZES MAIOR QUE A DA AIRBUS EM 2008
Paris, 12 jun (EFE).- O fabricante aeronáutico americano Boeing, que este ano supera amplamente em número de encomendas seu concorrente europeu Airbus, obterá uma rentabilidade duas vezes maior que a do rival em 2008.
A vantagem foi conseguida, em grande parte, pela alta do euro frente ao dólar, segundo a empresa de seguros de crédito Euler Hermes.
Em seu estudo anual sobre o setor aeronáutico, apresentado hoje, a Euler Hermes considera que o plano de ajuste "Power 8", implementado pela Airbus para combater a crise financeira causada pelos atrasos na entrega de seus aviões A380, não permitirá compensar os efeitos da alta do euro.
Um dos autores do relatório, Nicolas Lioret, explicou em entrevista coletiva que a transferência de atividades da Airbus para regiões de fora da zona do euro, prevista no programa de ajuste, não será de mais que 6% e, portanto, não terá grande impacto nos lucros.
Quanto ao corte de 10 mil postos de trabalho na Europa previsto no "Power 8", o analista considera se tratar de uma meta "difícil", uma vez que as necessidades de produção exigirão a contratação de mais pessoal nas cadeias de produção.
O gabinete lembra que, além dos problemas causados pelo atraso na fabricação dos A380, que causaram um impacto negativo de 572 milhões em suas contas no ano passado, a valorização de 33% do euro frente ao dólar nos sete últimos anos absorveu os lucros em produtividade dos europeus.
De fato, os custos salariais nos Estados Unidos caíram 9,8% desde 2000, ao tempo que aumentaram 24% na União Européia.
Este ano, Boeing e Airbus têm prevista a entrega de 450 aviões cada, mas em 2008, o fabricante americano irá se sobrepor ao europeu.
Quanto às encomendas, a bolsa de pedidos da Airbus era de 201 aparelhos, no final de maio, frente aos 429da Boeing, no início de junho.
A crise na Airbus levou a sua controladora, a empresa aeroespacial européia EADS, a registrar um prejuízo de 768 milhões de euros no quarto trimestre. Além da questão cambial, a empresa atribuiu o resultado ruim à crise em sua unidade Airbus. Um ano antes, a empresa teve lucro de 405 milhões de euros.
http://www.aerospaceweb.org/question/design/size/size-comparison.jpg
Os sucessivos atrasos nas entregas do A380 são a principal causa da crise na Airbus
FedEx cancela encomendas de Airbus A380 e troca por 15 aviões Boeings
São Paulo (Reuters) - A FedEx, maior empresa de entregas dos EUA, anunciou nesta terça-feira que cancelou sua encomenda de 10 aviões A380, da européia Airbus, e que fez pedidos firmes de 15 aviões modelo 777 da rival americana Boeing, com opção de outros 15. Os atrasos na fabricação do A380 foram a causa da troca, segundo comunicado da FedEx.
A Airbus informou que lamenta a decisão da FedEx, disse a porta-voz da empresa, Barbara Kracht, mas disse que a companhia "entende a necessidade da FedEx em cuidar urgentemente de sua capacidade de crescimento". A Airbus adiou para 2010 o prazo de entrega das primeiras unidades do A380 na versão para transporte de cargas (a previsão anterior para o início das entregas era 2008). Já a Boeing informou que terá as primeiras unidades para a FedEx para entrega em 2009.
"Estamos ansiosos para trabalhar com a FedEx nesse novo capítulo de nosso relacionamento", disse o vice-presidente de vendas para as Américas da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner. A EADS, proprietária da Airbus, informou no mês passado que os atrasos lhe custarão mais US$ 3,6 bilhões nos lucros operacionais, levando o impacto financeiro dos atrasos para US$ 6,1 bilhões em quatro anos.
A companhia aérea Emirates, responsável por 45 dos 159 pedidos da aeronave na versão para transporte de passageiros, informou que a encomenda de US$ 13 bilhões corre risco. "Essa é uma questão muito séria e a companhia está revisando todas as suas opções", disse Tim Clark, executivo-chefe da empresa.
Já a empresa aérea Virgin disse que seu conselho discutirá no dia 12 a compra de seis aeronaves. De acordo com o porta-voz da empresa, Paul Charles, todas as opções estão "sobre a mesa" e os "atrasos têm sérias implicações".
TOULOUSE, França (Reuters) - A fabricante de aviões Airbus confirmou nesta quarta-feira cortes de 10 mil empregos e anunciou planos de vender todas ou parte de suas seis fábricas. Trabalhadores protestaram e políticos criticaram os anúncios.
O presidente-executivo da Airbus, Louis Gallois, afirmou que a companhia franco-alemã precisa encontrar bilhões de euros em economias de custos e deixar para trás lutas nacionalistas classificadas por ele como "veneno" à empresa.
"Precisamos estar interessados no futuro da Airbus e no que é necessário para ela tornar-se uma companhia integrada", disse o executivo.
Gallois afirmou a jornalistas que a Airbus eliminará 5.000 empregos e 5.000 vagas terceirizadas nos próximos quatro anos.
Cerca de 4.300 postos de trabalho na França, 3.700 na Alemanha, 1.600 na Inglaterra e 400 na Espanha devem ser extintos. O corte de 5.000 funcionários diretos reduzirá a força de trabalho da companhia, que emprega 55 mil pessoas, em 9 por cento.
Os números não incluem cerca de 3.000 funcionários em três plantas que serão vendidas: St. Nazaire, na França, e Varel e Laupheim, na Alemanha.
Houve protestos em fábricas da Airbus na França e sindicatos alertaram sobre greves generalizadas. Várias centenas de funcionários de produção pararam.
Enquanto isso, as ações da EADS, controladora da Airbus, avançaram 1,81 por cento, apesar da fraqueza dos mercados financeiros globais pelos temores de desaquecimento da economia da China e dos Estados Unidos.
O abalo na Airbus acontece após o atraso de dois anos na finalização do superjumbo A380, que deixou um rombo de 5 bilhões de euros (6,61 bilhões de dólares) nas contas da EADS. A empresa ainda precisa acelerar o desenvolvimento do A350, jato rival do Boeing 787, que está 5 anos à frente da Airbus.
CRISE NA AIRBUS PROVOCA PREJUÍZO BILIONÁRIO
A fabricante de aviões Airbus tem tido problemas com o projeto do superjumbo A380, que está com as entregas atrasadas. No ano completo, a EADS teve lucro líquido de 99 milhões de euros, 94% menor do que o 1,676 bilhão de euros apurados em 2005.
Sozinha, a Airbus teve prejuízo operacional de 1,72 bilhão de euros no quarto trimestre, o que implica uma inversão no rumo tomado em 2005, quando ganhou 453 milhões de euros.
No ano de 2006, a Airbus perdeu 572 milhões de euros. Um ano antes, ganhou 2,3 bilhões de euros. A empresa entregou 434 aeronaves, superando as 378 entregas de 2005.
O impacto da filial Airbus sobre o resultado do grupo não deve ficar limitado ao último ano. A EADS acredita que em 2007 a subsidiária voltará a ter uma perda "substancial".
Os executivos-chefe da gigante européia, Tom Enders e Louis Gallois, reforçaram que os resultados da controladora foram afetados pela Airbus, mas estimaram que o plano de reestruturação Power8, anunciado recentemente e que contempla o corte de 10 mil empregos nos próximos anos, deve auxiliar a unidade a retornar à rentabilidade.
RENTABILIDADE DA BOEING SERÁ DUAS VEZES MAIOR QUE A DA AIRBUS EM 2008
Paris, 12 jun (EFE).- O fabricante aeronáutico americano Boeing, que este ano supera amplamente em número de encomendas seu concorrente europeu Airbus, obterá uma rentabilidade duas vezes maior que a do rival em 2008.
A vantagem foi conseguida, em grande parte, pela alta do euro frente ao dólar, segundo a empresa de seguros de crédito Euler Hermes.
Em seu estudo anual sobre o setor aeronáutico, apresentado hoje, a Euler Hermes considera que o plano de ajuste "Power 8", implementado pela Airbus para combater a crise financeira causada pelos atrasos na entrega de seus aviões A380, não permitirá compensar os efeitos da alta do euro.
Um dos autores do relatório, Nicolas Lioret, explicou em entrevista coletiva que a transferência de atividades da Airbus para regiões de fora da zona do euro, prevista no programa de ajuste, não será de mais que 6% e, portanto, não terá grande impacto nos lucros.
Quanto ao corte de 10 mil postos de trabalho na Europa previsto no "Power 8", o analista considera se tratar de uma meta "difícil", uma vez que as necessidades de produção exigirão a contratação de mais pessoal nas cadeias de produção.
O gabinete lembra que, além dos problemas causados pelo atraso na fabricação dos A380, que causaram um impacto negativo de 572 milhões em suas contas no ano passado, a valorização de 33% do euro frente ao dólar nos sete últimos anos absorveu os lucros em produtividade dos europeus.
De fato, os custos salariais nos Estados Unidos caíram 9,8% desde 2000, ao tempo que aumentaram 24% na União Européia.
Este ano, Boeing e Airbus têm prevista a entrega de 450 aviões cada, mas em 2008, o fabricante americano irá se sobrepor ao europeu.
Quanto às encomendas, a bolsa de pedidos da Airbus era de 201 aparelhos, no final de maio, frente aos 429da Boeing, no início de junho.
A crise na Airbus levou a sua controladora, a empresa aeroespacial européia EADS, a registrar um prejuízo de 768 milhões de euros no quarto trimestre. Além da questão cambial, a empresa atribuiu o resultado ruim à crise em sua unidade Airbus. Um ano antes, a empresa teve lucro de 405 milhões de euros.
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Os sucessivos atrasos nas entregas do A380 são a principal causa da crise na Airbus
FedEx cancela encomendas de Airbus A380 e troca por 15 aviões Boeings
São Paulo (Reuters) - A FedEx, maior empresa de entregas dos EUA, anunciou nesta terça-feira que cancelou sua encomenda de 10 aviões A380, da européia Airbus, e que fez pedidos firmes de 15 aviões modelo 777 da rival americana Boeing, com opção de outros 15. Os atrasos na fabricação do A380 foram a causa da troca, segundo comunicado da FedEx.
A Airbus informou que lamenta a decisão da FedEx, disse a porta-voz da empresa, Barbara Kracht, mas disse que a companhia "entende a necessidade da FedEx em cuidar urgentemente de sua capacidade de crescimento". A Airbus adiou para 2010 o prazo de entrega das primeiras unidades do A380 na versão para transporte de cargas (a previsão anterior para o início das entregas era 2008). Já a Boeing informou que terá as primeiras unidades para a FedEx para entrega em 2009.
"Estamos ansiosos para trabalhar com a FedEx nesse novo capítulo de nosso relacionamento", disse o vice-presidente de vendas para as Américas da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner. A EADS, proprietária da Airbus, informou no mês passado que os atrasos lhe custarão mais US$ 3,6 bilhões nos lucros operacionais, levando o impacto financeiro dos atrasos para US$ 6,1 bilhões em quatro anos.
A companhia aérea Emirates, responsável por 45 dos 159 pedidos da aeronave na versão para transporte de passageiros, informou que a encomenda de US$ 13 bilhões corre risco. "Essa é uma questão muito séria e a companhia está revisando todas as suas opções", disse Tim Clark, executivo-chefe da empresa.
Já a empresa aérea Virgin disse que seu conselho discutirá no dia 12 a compra de seis aeronaves. De acordo com o porta-voz da empresa, Paul Charles, todas as opções estão "sobre a mesa" e os "atrasos têm sérias implicações".