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View Full Version : Relações entre Equador e Colômbia passam pelo pior momento nos últimos anos



CARTEIRO
03-03-2008, 08:50:41
Quito, 3 mar (EFE).- A conflituosa relação entre Equador e Colômbia dos últimos anos passa atualmente pelo pior momento, no qual a boa vizinhança entre os dois países está por um fio, após a incursão armada colombiana contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano.

O bombardeio de uma base clandestina rebelde, na madrugada de sábado na zona equatoriana de Angostura, a cerca de três quilômetros da divisa, e a incursão de tropas colombianas para recolher os corpos de dois líderes guerrilheiros provocaram um delicado atrito diplomático.

Justificativas, acusações, verdades e mentiras, os Governos de Quito e Bogotá afirmaram de tudo nas últimas 72 horas sobre os fatos que levaram à morte o considerado "número dois" das Farc, "Raúl Reyes", e outros 19 guerrilheiros.

O Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, apresentou desculpas ao do chefe de Estado equatoriano, Rafael Correa, devido à incursão de "helicópteros colombianos" e militares no país vizinho, para verificar a operação militar e levar os cadáveres de Reyes e de "Julián Conrado".

Essa desculpa causou a reação imediata de Correa, que criticou Uribe em mensagem televisionada à nação, afirmando que a Colômbia bombardeou seu território e que "massacrou" o grupo de guerrilheiros enquanto dormiam.

Correa retirou seu embaixador em Bogotá, Francisco Suéscum, e ordenou a expulsão do embaixador colombiano em Quito, Carlos Holguín, além de ter ordenado o reforço militar da fronteira.

Quase simultaneamente, o diretor da Polícia colombiana, Oscar Naranjo, anunciava que tinha documentos apreendidos dos rebeldes na operação militar que confirmavam "compromissos" do Governo de Correa com as Farc.

Essa informação foi desmentida quase imediatamente por Quito, que considerou essa acusação uma tentativa de esconder a "flagrante violação" da soberania equatoriana.

Esse tipo de desavença - embora agora pareça ter ultrapassado a tolerância dos dois países - já ocorreu antes, em menor escala.

Para a chanceler equatoriana, María Isabel Salvador, esse fato mais recente é o mais grave, mas também lhe preocupa que a Colômbia não tenha dado respostas satisfatórias a outros incidentes passados, alguns deles admitidos pelo Governo de Bogotá.

A queda de uma granada de morteiro em um povoado equatoriano, a morte de um comerciante da mesma nacionalidade na ponte internacional que liga os dois países por militares colombianos e o vôo de helicópteros artilhados da Colômbia em áreas do Equador fazem parte desse histórico.

Além disso, o Equador também estuda abrir um processo contra a Colômbia na Corte Internacional de Justiça, pelo uso do herbicida "glifosato" nas fumigações aéreas de combate às drogas na divisa entre os dois países.

Segundo o Equador, o glifosato não só destruiu plantações de coca e papoula no lado colombiano, mas, levado pelo vento, causou "danos irreparáveis" a povoações e ao meio ambiente do lado equatoriano.

Na lista de reivindicações, também estão alguns conflitos comerciais que causaram momentos de tensão entre os dois países.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL334493-5602,00.html


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou hoje que a Colômbia é uma "ameaça para a paz da região", e rejeitou a resposta de Bogotá à queixa de Quito por causa da "violação de sua soberania", em uma operação militar na qual foi abatido o líder das Farc, Raúl Reyes.

Chávez ratificou sua decisão de "fechar" a Embaixada da Venezuela
em Bogotá e de mobilizar tropas e tanques rumo à fronteira comum, em "apoio" ao Equador, após a ofensiva da Colômbia contra rebeldes das Farc em território equatoriano.

"Senhor ministro da Defesa, mova 10 batalhões até a fronteira com a Colômbia, de imediato, batalhões de tanques", disse Chávez durante seu programa semanal de rádio e TV.

Chávez ainda afirmou neste domingo que a "agressão" contra o Equador foi impulsionada pelo "império americano e seus lacaios na Colômbia" para prejudicar o "processo constituinte" que está sendo desenvolvido nesse país.

"Saem dizendo (Colômbia) que não violaram nenhuma soberania. Isso
é o mesmo que os Estados Unidos dizem para invadir o Iraque,
bombardear o Afeganistão, o mesmo que diz Israel (...) para
massacrar", disse Chávez.

Para o presidente venezuelano, a resposta da Colômbia à exigência do "valente" presidente equatoriano, Rafael Correa, agrava "muito mais" a situação suscitada pelo Governo "enlouquecido" de seu colega colombiano, Álvaro Uribe.

"Forças militares norte-americanas e colombianas invadiram o
Equador, assassinaram (os insurgentes, e) levaram alguns cadáveres,
violando não sei quantas leis internacionais (e) as próprias leis da
Colômbia", insistiu o presidente venezuelano.

O presidente venezuelano disse que falou na manhã desse domingo com o mandatário equatoriano, Rafael Correa. O Equador está "mobilizando tropas para o norte. Correa conta com a Venezuela para o que quer que seja, em qualquer circunstância", assinalou Chávez.

"Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império nem o seu filhote nos venha debilitar", acrescentou.

Equador

O Equador também retirou neste domingo seu embaixador em Bogotá, ao considerar como "transgressão" a operação colombiana que matou, em território equatoriano, 17 guerrilheiros das Farc, incluindo o número dois do grupo, Raúl Reyes, informou a chancelaria. Em seguida, expulsou o embaixador da Colômbia e ordenou a mobilização de tropas para a fronteira com a Colômbia.

"O Equador resolver retirar, de imediato, seu embaixador em Bogotá frente aos graves fatos ocorridos na zona fronteiriça, que constituem uma transgressão dos princípios de soberania e integridade territorial", afirmou o ministério em um comunicado.

Farc

As afirmações do governo colombiano de que o chefe rebelde Raúl Reyes foi morto no Equador "são pouco menos que uma infâmia", disse nesse domingo a revista 'Resistencia', órgão de difusão das Farc, na primeira reação do grupo rebelde.

"Por agora, podemos assegurar que as afirmações do governo que dizem que nossos camaradas estavam na república irmã do Equador são pouco menos que uma infâmia", assinalou 'Resistencia' em sua página na internet. Na mensagem, os autores pedem ainda que não se abale "o esforço em favor da troca humanitária e que continua o nosso processo de paz".

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/03/ult23u1333.jhtm

http://n.i.uol.com.br/ultnot/album/080303farc_f_007.jpg?ts=20080303072718
O chefe-geral da polícia colombiana Oscar Naranjo diz que documentos ligam Farc ao Equador

http://n.i.uol.com.br/ultnot/album/080303farc_f_006.jpg?ts=20080303072718
Em rede nacional, o presidente do Equador, Rafael Correa, protesta contra ação colombiana


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