Darkcity
03-03-2008, 18:12:26
Na semana passada, a indústria de games viu mais um estúdio fechar as portas: a Iron Lore, que fez títulos como "Warhammer 40,000: Dawn of War" (em parceria com a Relic) e "Titan Quest".
Michael Fitch, diretor de gerenciamento criativo na THQ, à qual pertencia a Iron Lore, falou a respeito do fim da produtora, atribuindo o fato à pirataria no PC. Sobrou também para fabricantes de hardware, que transformam o desenvolvimento de jogos para a plataforma em um "pesadelo bizarro", devido a conflito entre componentes do computador.
"É um mundo duro, duro lá fora para os estúdios independentes que querem fazer jogos grandes", escreveu Fitch no fórum Quarter To Three. "Tentar torná-lo um produto para PC é ainda mais difícil, e aqui vai o porquê (...) Pirataria.
"'Titan Quest' foi bem. Não perdemos dinheiro com ele. Mas mesmo se uma pequena fração das pessoas que piratearam o jogo tivessem realmente gastado algum bendito dinheiro por suas mais de 40 horas de entretenimento, as coisas poderiam ter sido bem diferentes hoje", continua.
"Vocês podem discutir o quanto quiserem sobre como a pirataria é um direito divino seu, e nada disso importa de qualquer forma porque você não pode mudar o comportamento das pessoas... que seja. Algumas pessoas realmente boas fizeram um jogo seriamente bom, e elas ainda poderiam estar no ramo se a pirataria não fosse tão implacável no PC. Isso é fato", decreta.
Fitch também destacou que para jogos que não tenham uma "verba de propaganda do tamanho de 'Madden'", referindo-se ao jogo de futebol americano da Electronic Arts, a propaganda boca a boca é a maior esperança. Ele disse que as vendas de "Titan Quest" foram prejudicadas por uma cópia pirata de uma versão preliminar do jogo, que estava cheia de erros de programação, que, entre outros problemas, causava o travamento do sistema.
"Então, antes mesmo do jogo sair, nós tínhamos pessoas falando mal dele porque suas cópias piratas travavam, mesmo que uma cópia legítima não o fizesse. Nós recebemos um monte de reclamação desse tipo, completamente injustificável, caso se importem. Quantas pessoas decidiram pegar a versão pirata a se arriscar a comprar algo que não funcionava? Isso é que uma profecia que se auto-realiza".
Fitch também disparou contra fabricantes de peças para o PC, principalmente os que produzem chips de áudio e vídeo integrado. "Essas foram duas de nossas maiores dores de cabeça. Essas porcarias não só fazem as pessoas pensarem - erroneamente - que elas têm um PC com capacidade para jogos quando não têm, mas o caminho para se ter os componentes mais baratos inevitavelmente significa que você tem um hardware lá fora com pouco ou nenhum suporte a driver, pouquíssima fidelidade aos padrões e algumas vezes há conflitos bizarros com outras peças de hardware".
"Fazer produtos para PC não é apenas diversão e jogos. É um trabalho imenso, definitivamente. Eu sempre fui um jogador de PC a vida toda, e espero continuar a trabalhar em jogos para PC no futuro, mas, eles certamente não facilitam as coisas", concluiu.
Com relação à pirataria, a Entertainment Software Association, associação americana que reúne as produtoras de jogos, recentemente apresentou um dossiê chamado "Special 301 Report" destacando a batalha contínua contra a pirataria de software em vários países. Ele alerta um número de nações, incluindo Argentina, Rússia e Brasil, onde a pirataria é abundante, para que elevem seus regimes de proteção aos direitos autorais aos padrões internacionais e abram seus mercados para os produtos legítimos em caráter de urgência, alertando que os governos que falharem no combate à pirataria poderiam ficar sujeitos a "sanções comerciais".
Desde 2004, o Brasil vem pondo em prática o Plano de Ação Nacional pelo Conselho Nacional de Combate aos Crimes de Pirataria e Contra Propriedade Intelectual. O Órgão de Direitos Autorais dos Estados Unidos estima que os prejuízos apenas no Brasil tenham excedido US$ 931 milhões em 2004.
Fonte:
Finalboss.
Nao sabia onde postar. :o
Michael Fitch, diretor de gerenciamento criativo na THQ, à qual pertencia a Iron Lore, falou a respeito do fim da produtora, atribuindo o fato à pirataria no PC. Sobrou também para fabricantes de hardware, que transformam o desenvolvimento de jogos para a plataforma em um "pesadelo bizarro", devido a conflito entre componentes do computador.
"É um mundo duro, duro lá fora para os estúdios independentes que querem fazer jogos grandes", escreveu Fitch no fórum Quarter To Three. "Tentar torná-lo um produto para PC é ainda mais difícil, e aqui vai o porquê (...) Pirataria.
"'Titan Quest' foi bem. Não perdemos dinheiro com ele. Mas mesmo se uma pequena fração das pessoas que piratearam o jogo tivessem realmente gastado algum bendito dinheiro por suas mais de 40 horas de entretenimento, as coisas poderiam ter sido bem diferentes hoje", continua.
"Vocês podem discutir o quanto quiserem sobre como a pirataria é um direito divino seu, e nada disso importa de qualquer forma porque você não pode mudar o comportamento das pessoas... que seja. Algumas pessoas realmente boas fizeram um jogo seriamente bom, e elas ainda poderiam estar no ramo se a pirataria não fosse tão implacável no PC. Isso é fato", decreta.
Fitch também destacou que para jogos que não tenham uma "verba de propaganda do tamanho de 'Madden'", referindo-se ao jogo de futebol americano da Electronic Arts, a propaganda boca a boca é a maior esperança. Ele disse que as vendas de "Titan Quest" foram prejudicadas por uma cópia pirata de uma versão preliminar do jogo, que estava cheia de erros de programação, que, entre outros problemas, causava o travamento do sistema.
"Então, antes mesmo do jogo sair, nós tínhamos pessoas falando mal dele porque suas cópias piratas travavam, mesmo que uma cópia legítima não o fizesse. Nós recebemos um monte de reclamação desse tipo, completamente injustificável, caso se importem. Quantas pessoas decidiram pegar a versão pirata a se arriscar a comprar algo que não funcionava? Isso é que uma profecia que se auto-realiza".
Fitch também disparou contra fabricantes de peças para o PC, principalmente os que produzem chips de áudio e vídeo integrado. "Essas foram duas de nossas maiores dores de cabeça. Essas porcarias não só fazem as pessoas pensarem - erroneamente - que elas têm um PC com capacidade para jogos quando não têm, mas o caminho para se ter os componentes mais baratos inevitavelmente significa que você tem um hardware lá fora com pouco ou nenhum suporte a driver, pouquíssima fidelidade aos padrões e algumas vezes há conflitos bizarros com outras peças de hardware".
"Fazer produtos para PC não é apenas diversão e jogos. É um trabalho imenso, definitivamente. Eu sempre fui um jogador de PC a vida toda, e espero continuar a trabalhar em jogos para PC no futuro, mas, eles certamente não facilitam as coisas", concluiu.
Com relação à pirataria, a Entertainment Software Association, associação americana que reúne as produtoras de jogos, recentemente apresentou um dossiê chamado "Special 301 Report" destacando a batalha contínua contra a pirataria de software em vários países. Ele alerta um número de nações, incluindo Argentina, Rússia e Brasil, onde a pirataria é abundante, para que elevem seus regimes de proteção aos direitos autorais aos padrões internacionais e abram seus mercados para os produtos legítimos em caráter de urgência, alertando que os governos que falharem no combate à pirataria poderiam ficar sujeitos a "sanções comerciais".
Desde 2004, o Brasil vem pondo em prática o Plano de Ação Nacional pelo Conselho Nacional de Combate aos Crimes de Pirataria e Contra Propriedade Intelectual. O Órgão de Direitos Autorais dos Estados Unidos estima que os prejuízos apenas no Brasil tenham excedido US$ 931 milhões em 2004.
Fonte:
Finalboss.
Nao sabia onde postar. :o