San Andreas
12-06-2008, 23:59:45
Cubanos passarão a receber bônus se atingirem metas.
Revolução liderada por Fidel Castro instituiu a isonomia em 1959.
O governo de Cuba anunciou o fim da igualdade salarial dos trabalhadores. A decisão é histórica, pois, desde 1959, quando os revolucionários comandados por Fidel Castro assumiram o poder, todos recebiam o mesmo valor por seu trabalho (atualmente, pouco mais de R$ 30 por mês).
De nada adiantava se esforçar mais que os colegas de trabalho. A igualdade levou muitos engenheiros e médicos a trabalharem como taxistas, o que lhes dá a possibilidade de ganhar gorjetas de turistas.
Os cubanos passarão a receber bônus se atingirem metas e não haverá mais teto para os salários. A medida já vigora nas Forças Armadas cubanas.
"No geral, houve uma tendência a que todo o mundo receba o mesmo e esse igualitarismo não é conveniente", disse na quarta-feira (11), o vice-ministro de Trabalho e Seguridade Social, Carlos Mateu Pereira, ao jornal do Partido Comunista de Cuba, o Granma.
Desde que assumiu o governo em fevereiro, o irmão de Fidel Castro, Raúl, já liberou a compra de celulares e computadores, e permitiu que cubanos se hospedem em hotéis antes reservados a estrangeiros. Ele está acelerando as mudanças econômicas em Cuba, mas ainda não deu sinal em relação a transformações políticas.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL599587-5602,00-CUBA+ANUNCIA+FIM+DA+IGUALDADE+SALARIAL+ENTRE+TRABALHADORES.html
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Análise: Com fim de salário único, Cuba se distancia de comunismo
Conceito de igualitarismo salarial foi imposto no país junto com revolução de 1959.
O governo de Cuba rompeu com um dos mais importantes princípios de seu sistema comunista ao anunciar, na quarta-feira (11), o prazo para a eliminação do igualitarismo salarial e a substituição do atual sistema por uma gestão na qual o pagamento será feito com base no rendimento e produtividade.
O anúncio oficial, publicado no jornal Granma, afirma que os trabalhadores agora ganharão bônus ao alcançarem metas e não existirá mais o teto salarial.
O conceito de pagamento igualitário está em vigor desde a revolução, em 1959.
Desde que Raúl Castro assumiu oficialmente a presidência de Cuba, em fevereiro, ele introduziu gradualmente uma série de medidas econômicas que sugeriam que o igualitarismo não era mais um princípio sagrado no país.
Com o anúncio da criação dos bônus e o fim do teto salarial, agora está mais claro do que nunca que a versão de comunismo de Raúl Castro aceita as desigualdades sociais - enquanto o desempenho no trabalho ou a produtividade puderem justificar esta desigualdade.
Celular e computador
As últimas medidas representam uma mudança no ritmo de políticas como a que permitiu a compra de telefones celulares e computadores em Cuba.
Mas estão de acordo com as recentes reformas no setor agrícola, que englobam o aumento de preços para estimular a produção e permitiu que agricultores comprassem ferramentas e fertilizantes.
Um dos objetivos principais desta reforma é melhorar a produção de alimentos básicos, que está em queda.
Mesmo antes do aumento dos preços dos alimentos nos mercados mundiais, Cuba já estava gastando US$ 1,5 bilhão em importações de alimentos.
Impacto
Ainda não se sabe em quanto tempo será sentido o impacto destas medidas. Elas poderão aumentar a produtividade, mas, como a média salarial no país é de apenas US$ 20 por mês, espera-se que a mudança de política não aumente muito o poder de compra dos cubanos.
Alguns analistas afirmam que estas medidas são apenas o começo de mudanças mais amplas na economia, que podem significar o fim do sistema de racionamento vigente no país.
Parece que Raúl Castro está mesmo assumindo sua reputação de abandonar os princípios marxistas ortodoxos e adotando mudanças pragmáticas em Cuba.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL598462-5602,00.html
Revolução liderada por Fidel Castro instituiu a isonomia em 1959.
O governo de Cuba anunciou o fim da igualdade salarial dos trabalhadores. A decisão é histórica, pois, desde 1959, quando os revolucionários comandados por Fidel Castro assumiram o poder, todos recebiam o mesmo valor por seu trabalho (atualmente, pouco mais de R$ 30 por mês).
De nada adiantava se esforçar mais que os colegas de trabalho. A igualdade levou muitos engenheiros e médicos a trabalharem como taxistas, o que lhes dá a possibilidade de ganhar gorjetas de turistas.
Os cubanos passarão a receber bônus se atingirem metas e não haverá mais teto para os salários. A medida já vigora nas Forças Armadas cubanas.
"No geral, houve uma tendência a que todo o mundo receba o mesmo e esse igualitarismo não é conveniente", disse na quarta-feira (11), o vice-ministro de Trabalho e Seguridade Social, Carlos Mateu Pereira, ao jornal do Partido Comunista de Cuba, o Granma.
Desde que assumiu o governo em fevereiro, o irmão de Fidel Castro, Raúl, já liberou a compra de celulares e computadores, e permitiu que cubanos se hospedem em hotéis antes reservados a estrangeiros. Ele está acelerando as mudanças econômicas em Cuba, mas ainda não deu sinal em relação a transformações políticas.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL599587-5602,00-CUBA+ANUNCIA+FIM+DA+IGUALDADE+SALARIAL+ENTRE+TRABALHADORES.html
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Análise: Com fim de salário único, Cuba se distancia de comunismo
Conceito de igualitarismo salarial foi imposto no país junto com revolução de 1959.
O governo de Cuba rompeu com um dos mais importantes princípios de seu sistema comunista ao anunciar, na quarta-feira (11), o prazo para a eliminação do igualitarismo salarial e a substituição do atual sistema por uma gestão na qual o pagamento será feito com base no rendimento e produtividade.
O anúncio oficial, publicado no jornal Granma, afirma que os trabalhadores agora ganharão bônus ao alcançarem metas e não existirá mais o teto salarial.
O conceito de pagamento igualitário está em vigor desde a revolução, em 1959.
Desde que Raúl Castro assumiu oficialmente a presidência de Cuba, em fevereiro, ele introduziu gradualmente uma série de medidas econômicas que sugeriam que o igualitarismo não era mais um princípio sagrado no país.
Com o anúncio da criação dos bônus e o fim do teto salarial, agora está mais claro do que nunca que a versão de comunismo de Raúl Castro aceita as desigualdades sociais - enquanto o desempenho no trabalho ou a produtividade puderem justificar esta desigualdade.
Celular e computador
As últimas medidas representam uma mudança no ritmo de políticas como a que permitiu a compra de telefones celulares e computadores em Cuba.
Mas estão de acordo com as recentes reformas no setor agrícola, que englobam o aumento de preços para estimular a produção e permitiu que agricultores comprassem ferramentas e fertilizantes.
Um dos objetivos principais desta reforma é melhorar a produção de alimentos básicos, que está em queda.
Mesmo antes do aumento dos preços dos alimentos nos mercados mundiais, Cuba já estava gastando US$ 1,5 bilhão em importações de alimentos.
Impacto
Ainda não se sabe em quanto tempo será sentido o impacto destas medidas. Elas poderão aumentar a produtividade, mas, como a média salarial no país é de apenas US$ 20 por mês, espera-se que a mudança de política não aumente muito o poder de compra dos cubanos.
Alguns analistas afirmam que estas medidas são apenas o começo de mudanças mais amplas na economia, que podem significar o fim do sistema de racionamento vigente no país.
Parece que Raúl Castro está mesmo assumindo sua reputação de abandonar os princípios marxistas ortodoxos e adotando mudanças pragmáticas em Cuba.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL598462-5602,00.html