San Andreas
09-08-2008, 15:12:53
Presidente da Geórgia declara "estado de guerra"
TBILISI - 9 Ago 2008 (AFP) - O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, declarou neste sábado "estado de guerra" e acusou a Rússia de ter bombardeado várias cidades de seu território.
"Assinei um decreto sobre um estado de guerra. A Geórgia se encontra em um estado de agressão militar total", afirmou Saakashvili em uma reunião, exibida pela televisão, de seu Conselho de Segurança Nacional.
Fotos da Guerra
http://g1.globo.com/Noticias/0,,GF61158-5602,00-CONFLITO+NA+GEORGIA.html
http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowGaleria.action?idGaleria=893
TBILISI - Tropas e tanques russos entraram nesta sexta-feira, 8, na região separatista de Ossétia do Sul, na Geórgia, em defesa da província. O primeiro-ministro russo Vladimir V. Putin declarou que "a guerra começou", enquanto o presidente georgiano Mikheil Saakashvili acusava Moscou de uma "invasão bem planejada", segundo o jornal The New York Times. As informações sobre o conflito eram contraditórias, e não era possível determinar se forças russas ou georgianas detinham o controle da capital de Ossétia do Sul, Tskhinvali.
Na madrugada desta sexta-feira, o governo da Geórgia lançou uma grande operação militar contra a província separatista da Ossétia do Sul, que faz fronteira com a Rússia, para retomar o controle da província rebelde estreitamente identificada com Moscou.
A ação provocou a retaliação russa, que enviou 150 tanques e tropas para a região. Testemunhas afirmam que a cidade está devastada. A Geórgia é um grande aliado dos EUA e atualmente tem cerca de 2 mil soldados no Iraque, mas metade deles deve voltar ao país por causa dos conflitos ainda neste sábado. O país teria pedido a ajuda dos EUA com aviões para trazer de volta suas tropas do Iraque, informou uma fonte militar americana.
Segundo Saakashvili, 30 pessoas morreram no ataque russo. "As forças armadas russas estão bombardeando Tskhinvali com tanques e aviões," disse Shota Utiashvili, porta-voz do Ministério de Interior da Geórgia. "Nós perdemos o controle de partes da cidade", acrescentou.
Por sua vez, o presidente da região separatista, Eduard Kokoity, informou que cerca de 1.400 pessoas morreram devido à "agressão georgiana". "Nós vamos checar esses números, mas eles estão por volta disso. Nós temos essa informação com base nos relatos de parentes", disse, segundo a agência Interfax.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou que não permitirá a "morte impune" de cidadãos russos e advertiu que os culpados serão castigados, durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia.
"Não permitiremos a morte impune de nossos compatriotas. Os culpados receberão o merecido castigo", advertiu.
Em entrevista à CNN, Saakashvili condenou as ações russas. "Estamos nessa situação de legítima defesa contra um vizinho grande e poderoso. Somos um país com menos de 5 milhões de pessoas e, certamente, nossas forças são incomparáveis (com as da Rússia)", disse o presidente.
Saakashvili também afirmou que é do interesse dos Estados Unidos ajudar a Geórgia. "Não é mais sobre a Geórgia. É sobre a América, são valores", disse ele. "Somos uma nação que ama a liberdade e que agora está sob ataque."
Fugindo dos confrontos, cerca de 140 ônibus levando refugiados de Ossétia do Sul chegaram à região russa de Ossétia do Norte nesta sexta-feira, informou a Interfax, citando um porta-voz do governo local. Mais refugiados devem chegar no sábado.
Os conflitos fizeram com que o presidente da Geórgia declarasse lei marcial no país. "A Rússia bombardeou um porto em Poti (no Mar Negro) e uma base militar em Senaki. Acreditamos que a Rússia começou a atacar infra-estrutura civil e econômica", afirmou o secretário do Conselho de Segurança da Geórgia.
Repercussão
Os Estados Unidos pediram um cessar-fogo imediato no conflito. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, conversou com representantes das partes envolvidas e está trabalhando para encerrar o impasse, disse Gonzalo Gallegos, porta-voz da chancelaria americana. "Nós apoiamos a integridade territorial da Geórgia", continuou o porta-voz. "Estamos trabalhando nos esforços de mediação para garantir um cessar-fogo."
Rice pediu que a Rússia "respeite a integridade territorial da Geórgia e retire suas tropas do solo georgiano", em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
Gallegos informou também que os EUA enviariam ainda nesta sexta-feira um emissário à região para discutir a situação com as partes em conflito e buscar o encerramento das hostilidades. A França, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, também deve mandar uma delegação à região, em conjunto com a iniciativa americana, segundo uma fonte diplomática em Washington.
O Pentágono disse que está monitorando os acontecimentos na Geórgia, mas não recebeu um pedido de assistência das autoridades georgianas desde que as forças russas adentraram o país. "Estamos monitorando (a situação) de perto", disse a repórteres Bryan Whitman, porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. "Tivemos algum contato com as autoridades georgianas", acrescentou Whitman. Perguntado se houve um pedido de ajuda, ele respondeu que "não."
ONU
O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou nesta sexta-feira uma reunião de emergência para discutir a escalada do conflito na província separatista georgiana da Ossétia do Sul. O encontro no entanto terminou sem acrodo, informou a agência France Presse.
Mais tensões
A ofensiva do Exército georgiano na Ossétia do Sul levou outra região separatista, a Abkházia, a posicionar tropas na fronteira com a Geórgia.
"Mobilizamos nossas Forças Armadas, parte das quais avança em direção à fronteira georgiana, onde tomará posições independentemente de como a situação na Ossétia do Sul evoluir", disse à televisão russa o presidente da autoproclamada República da Abkházia, Sergei Bagapsh.
"O que ocorre hoje na Ossétia do Sul pode acontecer amanhã na Abkházia. Assim não podemos continuar", disse o líder separatista sobre a mobilização militar.
http://fotogaleri.hurriyet.com.tr/LiveImages/Foto%20Haber/Kafkasya%27daki%20%C3%A7at%C4%B1%C5%9Fmalarda%20ikinci%20g%C3%BCn/P09052804.jpg
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TBILISI - 9 Ago 2008 (AFP) - O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, declarou neste sábado "estado de guerra" e acusou a Rússia de ter bombardeado várias cidades de seu território.
"Assinei um decreto sobre um estado de guerra. A Geórgia se encontra em um estado de agressão militar total", afirmou Saakashvili em uma reunião, exibida pela televisão, de seu Conselho de Segurança Nacional.
Fotos da Guerra
http://g1.globo.com/Noticias/0,,GF61158-5602,00-CONFLITO+NA+GEORGIA.html
http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowGaleria.action?idGaleria=893
TBILISI - Tropas e tanques russos entraram nesta sexta-feira, 8, na região separatista de Ossétia do Sul, na Geórgia, em defesa da província. O primeiro-ministro russo Vladimir V. Putin declarou que "a guerra começou", enquanto o presidente georgiano Mikheil Saakashvili acusava Moscou de uma "invasão bem planejada", segundo o jornal The New York Times. As informações sobre o conflito eram contraditórias, e não era possível determinar se forças russas ou georgianas detinham o controle da capital de Ossétia do Sul, Tskhinvali.
Na madrugada desta sexta-feira, o governo da Geórgia lançou uma grande operação militar contra a província separatista da Ossétia do Sul, que faz fronteira com a Rússia, para retomar o controle da província rebelde estreitamente identificada com Moscou.
A ação provocou a retaliação russa, que enviou 150 tanques e tropas para a região. Testemunhas afirmam que a cidade está devastada. A Geórgia é um grande aliado dos EUA e atualmente tem cerca de 2 mil soldados no Iraque, mas metade deles deve voltar ao país por causa dos conflitos ainda neste sábado. O país teria pedido a ajuda dos EUA com aviões para trazer de volta suas tropas do Iraque, informou uma fonte militar americana.
Segundo Saakashvili, 30 pessoas morreram no ataque russo. "As forças armadas russas estão bombardeando Tskhinvali com tanques e aviões," disse Shota Utiashvili, porta-voz do Ministério de Interior da Geórgia. "Nós perdemos o controle de partes da cidade", acrescentou.
Por sua vez, o presidente da região separatista, Eduard Kokoity, informou que cerca de 1.400 pessoas morreram devido à "agressão georgiana". "Nós vamos checar esses números, mas eles estão por volta disso. Nós temos essa informação com base nos relatos de parentes", disse, segundo a agência Interfax.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou que não permitirá a "morte impune" de cidadãos russos e advertiu que os culpados serão castigados, durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia.
"Não permitiremos a morte impune de nossos compatriotas. Os culpados receberão o merecido castigo", advertiu.
Em entrevista à CNN, Saakashvili condenou as ações russas. "Estamos nessa situação de legítima defesa contra um vizinho grande e poderoso. Somos um país com menos de 5 milhões de pessoas e, certamente, nossas forças são incomparáveis (com as da Rússia)", disse o presidente.
Saakashvili também afirmou que é do interesse dos Estados Unidos ajudar a Geórgia. "Não é mais sobre a Geórgia. É sobre a América, são valores", disse ele. "Somos uma nação que ama a liberdade e que agora está sob ataque."
Fugindo dos confrontos, cerca de 140 ônibus levando refugiados de Ossétia do Sul chegaram à região russa de Ossétia do Norte nesta sexta-feira, informou a Interfax, citando um porta-voz do governo local. Mais refugiados devem chegar no sábado.
Os conflitos fizeram com que o presidente da Geórgia declarasse lei marcial no país. "A Rússia bombardeou um porto em Poti (no Mar Negro) e uma base militar em Senaki. Acreditamos que a Rússia começou a atacar infra-estrutura civil e econômica", afirmou o secretário do Conselho de Segurança da Geórgia.
Repercussão
Os Estados Unidos pediram um cessar-fogo imediato no conflito. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, conversou com representantes das partes envolvidas e está trabalhando para encerrar o impasse, disse Gonzalo Gallegos, porta-voz da chancelaria americana. "Nós apoiamos a integridade territorial da Geórgia", continuou o porta-voz. "Estamos trabalhando nos esforços de mediação para garantir um cessar-fogo."
Rice pediu que a Rússia "respeite a integridade territorial da Geórgia e retire suas tropas do solo georgiano", em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
Gallegos informou também que os EUA enviariam ainda nesta sexta-feira um emissário à região para discutir a situação com as partes em conflito e buscar o encerramento das hostilidades. A França, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, também deve mandar uma delegação à região, em conjunto com a iniciativa americana, segundo uma fonte diplomática em Washington.
O Pentágono disse que está monitorando os acontecimentos na Geórgia, mas não recebeu um pedido de assistência das autoridades georgianas desde que as forças russas adentraram o país. "Estamos monitorando (a situação) de perto", disse a repórteres Bryan Whitman, porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. "Tivemos algum contato com as autoridades georgianas", acrescentou Whitman. Perguntado se houve um pedido de ajuda, ele respondeu que "não."
ONU
O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou nesta sexta-feira uma reunião de emergência para discutir a escalada do conflito na província separatista georgiana da Ossétia do Sul. O encontro no entanto terminou sem acrodo, informou a agência France Presse.
Mais tensões
A ofensiva do Exército georgiano na Ossétia do Sul levou outra região separatista, a Abkházia, a posicionar tropas na fronteira com a Geórgia.
"Mobilizamos nossas Forças Armadas, parte das quais avança em direção à fronteira georgiana, onde tomará posições independentemente de como a situação na Ossétia do Sul evoluir", disse à televisão russa o presidente da autoproclamada República da Abkházia, Sergei Bagapsh.
"O que ocorre hoje na Ossétia do Sul pode acontecer amanhã na Abkházia. Assim não podemos continuar", disse o líder separatista sobre a mobilização militar.
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