Chrno
20-01-2009, 14:25:33
O namoro do Google com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode ter também um objetivo defensivo. Contra o quê? Uma conspiração da Microsoft. Quem levantou essa possibilidade foi a Wired, em reportagem da edição de fevereiro que já pode ser lida pela internet. O título é mais do que sugestivo: “The plot to kill Google” (“O golpe para destruir o Google”).
No texto, os jornalistas Nicholas Thompson e Fred Vogelstein mergulham fundo na história do acordo que o Google tentou fechar com o Yahoo!, no ano passado. A idéia era exibir links patrocinados do Google nos sites do concorrente e também nos resultados de busca, nos Estados Unidos e no Canadá. Em troca, o Yahoo! receberia parte da receita publicitária. Na época, o Google afirmou que não se tratava de uma fusão e que não havia cláusula de exclusividade.
No fundo, qual era o objetivo do pessoal de Mountain View? Segundo a Wired, eles pretendiam dar uma turbinada nos cofres do Yahoo!, que já estava sendo cortejado pela Microsoft, e, assim, evitar uma compra que poderia ser prejudicial para o gigante de buscas. Mas o pessoal liderado por Steve Ballmer não gostou muito da brincadeira e viu na situação a possibilidade de lançar um plano maquiavélico contra o Google.
Foi muito simples. Lobistas foram usados para tentar influenciar o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que analisaria o acordo, de que sua aprovação daria ao Google o monopólio dos anúncios na web. Se isso ocorresse, a imagem cool do pessoal de Mountain View estaria manchada para sempre. Pior: a empresa poderia sofrer sanções inimagináveis. E não é balela, não. A Wired cita até mesmo os personagens envolvidos no caso.
Quase deu certo. Os advogados do Google, que estavam confiantes no início do processo, perceberam o perigo e, três horas antes da audiência, cancelaram o acordo. A revista afirma, no entanto, que a conspiração está apenas começando. Outras empresas, como AT&T, Verizon e Comcast, e entidades, como a Association of National Advertisers, a National Association of Broadcasters, estão se unindo contra o Google para defender seus interesses.
Para quem acha que tudo não passa de exagero, recentemente o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, deu uma entrevista à CNET. A jornalista Ina Fried perguntou a ele qual era a sua principal preocupação. Sabe o que ele disse? “Bem, em geral, a resposta é: Google, Google, Google, Google, Google.”
Diante desse cenário, apoiar religiosamente Obama, que parece ter idéias progressistas, um perfil cool e uma mente mais aberta em relação à tecnologia, pode ser a única saída para Sergey Brin e Larry Page. Mas, como eu disse na semana passada, qualquer ajuda não virá de graça.
fonte: INFO
No texto, os jornalistas Nicholas Thompson e Fred Vogelstein mergulham fundo na história do acordo que o Google tentou fechar com o Yahoo!, no ano passado. A idéia era exibir links patrocinados do Google nos sites do concorrente e também nos resultados de busca, nos Estados Unidos e no Canadá. Em troca, o Yahoo! receberia parte da receita publicitária. Na época, o Google afirmou que não se tratava de uma fusão e que não havia cláusula de exclusividade.
No fundo, qual era o objetivo do pessoal de Mountain View? Segundo a Wired, eles pretendiam dar uma turbinada nos cofres do Yahoo!, que já estava sendo cortejado pela Microsoft, e, assim, evitar uma compra que poderia ser prejudicial para o gigante de buscas. Mas o pessoal liderado por Steve Ballmer não gostou muito da brincadeira e viu na situação a possibilidade de lançar um plano maquiavélico contra o Google.
Foi muito simples. Lobistas foram usados para tentar influenciar o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que analisaria o acordo, de que sua aprovação daria ao Google o monopólio dos anúncios na web. Se isso ocorresse, a imagem cool do pessoal de Mountain View estaria manchada para sempre. Pior: a empresa poderia sofrer sanções inimagináveis. E não é balela, não. A Wired cita até mesmo os personagens envolvidos no caso.
Quase deu certo. Os advogados do Google, que estavam confiantes no início do processo, perceberam o perigo e, três horas antes da audiência, cancelaram o acordo. A revista afirma, no entanto, que a conspiração está apenas começando. Outras empresas, como AT&T, Verizon e Comcast, e entidades, como a Association of National Advertisers, a National Association of Broadcasters, estão se unindo contra o Google para defender seus interesses.
Para quem acha que tudo não passa de exagero, recentemente o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, deu uma entrevista à CNET. A jornalista Ina Fried perguntou a ele qual era a sua principal preocupação. Sabe o que ele disse? “Bem, em geral, a resposta é: Google, Google, Google, Google, Google.”
Diante desse cenário, apoiar religiosamente Obama, que parece ter idéias progressistas, um perfil cool e uma mente mais aberta em relação à tecnologia, pode ser a única saída para Sergey Brin e Larry Page. Mas, como eu disse na semana passada, qualquer ajuda não virá de graça.
fonte: INFO