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View Full Version : "Modelo econômico cubano não funciona mais nem mesmo para nós", diz Fidel Castro



San Andreas
08-09-2010, 19:53:07
Ex-presidente admitiu que o modelo econômico não funciona mais e não tem apelo para ser exportado.

Especialista diz que declaração deve abrir espaço para que o irmão Raul Castro promova reformas e a abertura econômica em Cuba.


Questionado pelo o jornalista Jeffrey Goldberg se achava que o modelo cubano ainda poderia ser exportado para algum lugar, Fidel respondeu: "O modelo cubano não funciona mais nem mesmo para nós".

Na mesma entrevista, o ex-ditador cubano criticou a retórica antissemita usada pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Fidel Castro, que voltou a aparecer em público e escrever com frequência nas últimas semanas, criticou Ahmadinejad por negar o Holocausto, e afirmou que o governo iraniano contribuiria para a paz se tentasse entender porque os israelenses temem por sua existência, escreveu Goldberg.



O ex-presidente cubano Fidel Castro admitiu que o "modelo cubano" não tem mais apelo para ser exportado para outros países. A declaração faz parte de uma longa entrevista que concedeu à revista americana "The Atlantic Monthly", cuja segunda parte foi publicada nesta quarta-feira (8). Questionado pelo o jornalista Jeffrey Goldberg se achava que o modelo cubano ainda poderia ser exportado para algum lugar, Fidel respondeu: "O modelo cubano não funciona mais nem mesmo para nós".

Segundo Julia Sweig, diretora de pesquisas sobre a América Latina no Council of Foreign Relations, que acompanhou o jornalista em sua viagem a Cuba, "ele não rejeitou as ideias da revolução", mas apenas admitiu que sob o "modelo cubano" o Estado tem um papel grande demais na vida econômica do país. Segundo ela, trata-se de uma forma de abrir espaço para que Raúl Castro, irmão de Fidel que está no poder desde que ele saiu da Presidência, faça as reformas necessárias para abrir a economia do país.

Na mesma entrevista, o ex-ditador cubano criticou a retórica antissemita usada pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Não acredito que alguém tenha sido mais difamado que os judeus. Diria que muito mais do que os muçulmanos. Foram mais difamados que os muçulmanos porque são acusados e caluniados por tudo. Ninguém culpa os muçulmanos de nada", estimou Fidel.

"Digo isso para que você possa dizer a ele", respondeu Fidel, indagado pelo correspondente Jeffrey Goldberg se tem a intenção de compartilhar com Ahmadinejad seu ponto de vista.

Goldberg foi convidado pelo próprio Fidel, que se interessou por um artigo seu sobre as tensões entre Irã e Israel. "Os judeus tiveram uma vida muito mais dura do que a nossa. Não há nada que se compare ao Holocausto", afirmou Fidel Castro, que foi entrevistado pelo jornalista em Havana durante três dias.

Fidel Castro, que voltou a aparecer em público e escrever com frequência nas últimas semanas, criticou Ahmadinejad por negar o Holocausto, e afirmou que o governo iraniano contribuiria para a paz se tentasse entender porque os israelenses temem por sua existência, escreveu Goldberg.



http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/09/modelo-cubano-nao-funciona-mais-nem-mesmo-para-nos-diz-fidel.html

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,fidel-castro-diz-que-modelo-economico-cubano-nao-funciona-mais,606911,0.htm


http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2010/09/08/0grande-pp.jpg
Reportagem da revista "Atlantic" com a entrevista de
Fidel Castro publicada na internet nesta quarta-feira (8).
(Foto: Reprodução)



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Fidel Castro, durante visita ao Aquário Nacional em Havana, junto ao jornalista americano Jeffrey Goldberg, da revista 'Atlantic Montlhy' (Foto: AFP)

San Andreas
08-09-2010, 20:00:33
Moeda cubana cria 'elite' sustentada pelo turismo

Setor vive de dinheiro que vale 24 vezes o peso cubano.

Quem fica de fora sofre com escassez de alimentos e outros produtos.



Cuba está dividida pelo dinheiro. A parte do país movida pelo peso conversível, conhecido pela sigla (CUC), dá sinais de prosperidade e desenvolvimento graças ao turismo. A outra, com o velho peso cubano estampado com as caras dos heróis revolucionários, vive cada vez mais na miséria.


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Cédulas de 3 pesos e de 5 pesos convertíveis


Para se ter acesso com facilidade a bens “comuns” como molho de tomate, detergente e gasolina, por exemplo, basta ter disponível no bolso as notas de CUC. O problema é que a moeda “turística” de Cuba vale 24 vezes mais do que o dinheiro oficial do país e não é usada para pagar os salários de funcionários públicos, médicos, engenheiros etc.

Com isso, a indústria turística acaba tendo um peso determinante na expansão econômica de Cuba que chega a quase 10% no ano, como divulgado pelo governo brasileiro.



Desigualdade


O servidor público Enrique Castellanos Gonzáles, 54 anos, nasceu cinco anos antes do triunfo da revolução, viveu todas as etapas do regime de Fidel Castro da prosperidade à miséria. Para ele, as duas moedas tendem a aprofundar a desigualdade social e corroer uma das conquistas do socialismo cubano.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,12427468-EX,00.jpg
Caderneta de alimentos emitida pelo governo cubano


“O peso e o CUC estão criando uma distorção no país. Já estamos vendo uma elite que trabalha com turismo e uma parte pobre que leva o país nas costas”, diz o cubano, ao deixar o trabalho no Ministério de Construções.

“Uma camareira de um hotel acaba ganhando por mês de gorjetas dos turistas mais do que o meu salário”, sustenta, sem revelar quanto recebe como servidor.

Castellanos diz ter dificuldades para comprar produtos como sabonete, detergente e mostra uma caderneta emitida pelo governo que controla a venda de produtos alimentícios. Sentado em sua bicicleta vermelha, o cubano de porte físico enxuto conta que deixou o trabalho mais cedo nesta segunda-feira (14) porque um amigo indicou um local que tinha molho de tomate disponível.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,12427378-EX,00.jpg
Caderneta emitida pelo governo controla a venda de produtos alimentícios


“Há muito tempo estou querendo comer um espaguete com molho de tomate. Então, assim que fiquei sabendo da disponibilidade, pedi para sair mais cedo fui comprar o molho”, disse.


'Poderosa'


Castellanos é casado com Guinza, que também é servidora pública e trabalha na unidade de segurança do Ministério de Construções. O casal tem duas filhas: Susan, 18 anos, estudante de jornalismo, e Rachel, de 3. Na profissão, a filha mais velha segue os passos do avô, Julio, pai de Guinza, que hoje vive em Miami e trabalha em uma rádio chamada “Poderosa”.

“A rádio Poderosa é reacionária. Meu pai odeia o Fidel. Foi embora primeiro para Costa Rica e depois para Miami. Ele diz que nunca mais volta para Cuba”, afirma Guinza.

Para mudar a situação econômica familiar, Castellanos quer se aproximar do dinheiro movimentado pelos turistas. Nas horas vagas, diz ele, organiza eventos musicais de salsa e merengue, numa sala de artes disponibilizada pelo governo. “A idéia é trazer bastantes turistas para admirar o que a música cubana tem de melhor”, diz ele, que também é músico. Nas horas vagas, toca violão e apura a técnica para compor salsa.


Mercado negro


A experiência do servidor público não é incomum. Félix San Roman está desempregado e vende temperos em uma feira ao ar livre no centro de Havana ao custo de 1 CUC ou 24 pesos cubanos cada saquinho de pimenta, sal, cominho ou páprica. “O problema é que os turistas não querem tempero”, lamenta.

Como alternativa, oferece, às escuras, caixas de charutos da marca Cohiba e Montecristo a um custo bem menor do que o oficial. “Eu vendo com desconto de 50% porque consigo os charutos diretamente com as pessoas que trabalham na fábrica”, afirma, revelando que a própria mulher é funcionária de uma das empresas de tabaco.

Garantindo que seu produto é oficial, dá um conselho sentado atrás de sua banca de temperos localizada num cruzamento da rua Brasil: “O que eu faço é legal. Tenho autorização para vender os charutos, mas atenção porque nas ruas muita gente fica oferecendo coisas que não são verdadeiras."

A poucos metros de onde trabalha Félix, outro cubano fica atento aos andares dos turistas em busca dos CUCs. Oberto Martinez oferece, a preço de fábrica, charutos originais feitos pelas mãos do pai. Ele mostra uma carteira plastificada com a identificação emitida pelo governo e convida os turistas para conhecer como o tabaco é preparado. Diante da negativa, repreende: “Pode ficar tranqüilo, Cuba não é perigosa como o Brasil."


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL2...LO+TURISMO.html (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL259500-5602,00-MOEDA+CUBANA+CRIA+ELITE+SUSTENTADA+PELO+TURISMO.html)






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Cubanos passarão a receber bônus se atingirem metas.

Revolução liderada por Fidel Castro instituiu a isonomia em 1959.


O governo de Cuba anunciou o fim da igualdade salarial dos trabalhadores. A decisão é histórica, pois, desde 1959, quando os revolucionários comandados por Fidel Castro assumiram o poder, todos recebiam o mesmo valor por seu trabalho (atualmente, pouco mais de R$ 30 por mês).

De nada adiantava se esforçar mais que os colegas de trabalho. A igualdade levou muitos engenheiros e médicos a trabalharem como taxistas, o que lhes dá a possibilidade de ganhar gorjetas de turistas.

Os cubanos passarão a receber bônus se atingirem metas e não haverá mais teto para os salários. A medida já vigora nas Forças Armadas cubanas.

"No geral, houve uma tendência a que todo o mundo receba o mesmo e esse igualitarismo não é conveniente", disse na quarta-feira (11), o vice-ministro de Trabalho e Seguridade Social, Carlos Mateu Pereira, ao jornal do Partido Comunista de Cuba, o Granma.

Desde que assumiu o governo em fevereiro, o irmão de Fidel Castro, Raúl, já liberou a compra de celulares e computadores, e permitiu que cubanos se hospedem em hotéis antes reservados a estrangeiros. Ele está acelerando as mudanças econômicas em Cuba, mas ainda não deu sinal em relação a transformações políticas.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL5...BALHADORES.html (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL599587-5602,00-CUBA+ANUNCIA+FIM+DA+IGUALDADE+SALARIAL+ENTRE+TRABALHADORES.html)





Análise: Com fim de salário único, Cuba se distancia de comunismo

Conceito de igualitarismo salarial foi imposto no país junto com revolução de 1959.


O governo de Cuba rompeu com um dos mais importantes princípios de seu sistema comunista ao anunciar, na quarta-feira (11), o prazo para a eliminação do igualitarismo salarial e a substituição do atual sistema por uma gestão na qual o pagamento será feito com base no rendimento e produtividade.

O anúncio oficial, publicado no jornal Granma, afirma que os trabalhadores agora ganharão bônus ao alcançarem metas e não existirá mais o teto salarial.

O conceito de pagamento igualitário está em vigor desde a revolução, em 1959.

Desde que Raúl Castro assumiu oficialmente a presidência de Cuba, em fevereiro, ele introduziu gradualmente uma série de medidas econômicas que sugeriam que o igualitarismo não era mais um princípio sagrado no país.

Com o anúncio da criação dos bônus e o fim do teto salarial, agora está mais claro do que nunca que a versão de comunismo de Raúl Castro aceita as desigualdades sociais - enquanto o desempenho no trabalho ou a produtividade puderem justificar esta desigualdade.






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Nova reforma de Raúl Castro vai permitir que cubanos tenham telefone celular


Havana, 28 mar (EFE).- O presidente de Cuba, Raúl Castro, continua dando passos no processo de reformas iniciado ao assumir o Governo há um mês e nesta sexta-feira anunciou que os cubanos poderão ter telefones celulares.

As autoridades da ilha decidiram fazer do setor de artigos eletrodomésticos e das telecomunicações os pontos para o avanço na eliminação do "excesso de proibições" que com a passagem dos anos foram embutidas e geraram situações que o próprio Governo qualifica de "absurdas".

A Empresa de Telecomunicações de Cuba (Etecsa) informou hoje em uma nota publicada no jornal oficial "Granma" que os cidadãos cubanos poderão conseguir legalmente seus telefones celulares, um serviço que até agora só estava ao alcance de empresas, organismos do Estado e estrangeiros.

Esta é a segunda medida tomada pelo Governo desde 24 de fevereiro quando Raúl sucedeu Fidel Castro, que abandonou o cargo após quase meio século no poder.

Na semana passada, o Ministério de Comércio Interior já tinha dado sinal verde à venda livre, a partir de 1º de abril, de computadores e vários artigos eletrônicos, além de aparelhos de vídeo e televisores.

Segundo o anúncio de hoje, os cubanos poderão contratar o serviço no plano pré-pago, embora, da mesma forma que os artigos eletrônicos autorizados, em pesos conversíveis (CUC, 1 peso = US$ 1,08).

De acordo com a companhia, atualmente, contratar uma linha de telefonia celular custa 111 CUCs (cerca de US$ 120) com um crédito inicial de 10 CUCs (quase US$11), em um país onde o salário médio gira em torno de 400 pesos cubanos - moeda com valor 24 vezes menor que 1 CUC e equivalente a cerca de US$17.

As lojas da Etecsa em Havana não sabiam se esse preço seria mantido nem quando a medida entrará em vigor, algo que a nota divulgada também não informa.

O "Granma" relacionou os detalhes da iniciativa e do controle "de maneira ordenada e progressiva" desta medida às regulamentações que serão emitidas "em breve", embora a companhia telefônica vá priorizar os municípios "com mais baixa densidade telefônica" e em uma primeira etapa "buscará soluções que permitam o uso coletivo deste serviço".

A Etecsa prevê que aqueles que já possuíam um telefone contratado por "via indireta", ou seja, através de um terceiro autorizado, possam mudar seu nome e obter a titularidade do serviço, regularizando sua situação, mas ainda deixando vários inconvenientes.

"A minha linha pertencia a uma empresa, mas fiquei sem ela recentemente porque a firma fechou contrato com a Cubacel", disse à Agência Efe Yamila, funcionária de um restaurante.

Ela vê a medida como uma forma para acabar com este tipo de problema, e afirmou que seus colegas de trabalho têm seus telefones "somente desta forma".

No começo do ano também foram tomadas medidas com o intuito de regularizar outros pontos obscuros no país. Foi criado um conjunto de impostos sobre os salários extras em moeda estrangeira, recaindo sobre os cubanos que trabalham para empresas estrangeiras - ilegais, mas permitidas.

Outro exemplo: há algumas semanas, os remédios podem ser comprados pelos cubanos em qualquer farmácia e não só na do bairro em que se vive.

Para Rosa María, há dois anos com um celular alugado por seu genro, um cubano que mora nos Estados Unidos, a decisão anunciada hoje "é um avanço".

"Já era hora de nós (cubanos) podermos usar esse serviço, pois o pagamos com nosso dinheiro", afirmou, não sem deixar claro que, por enquanto, não pensa em transferir o serviço para o seu nome, pois prefere esperar e decidir de acordo com o que vier. EFE


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL373724-5602,00-NOVA+REFORMA+DE+RAUL+CASTRO+VAI+PERMITIR+QUE+CUBANOS+TENHAM+TELEFONE+CELULA.html





Raúl Castro libera venda de computadores e DVDs em Cuba

Lista inclui ainda microondas e alarmes de carro, entre outros eletrônicos.

Raúl Castro foi nomeado presidente em 24 de fevereiro, após a renúncia do irmão Fidel.



Em seu primeiro mês à frente do governo cubano, Raúl Castro autorizou a venda de alguns aparelhos eletrônicos até então proibidos pelo Estado.

De acordo com a agência de notícias Reuters, um memorando interno do governo eliminou as restrições a "alguns aparelhos que eram proibidos."

A lista inclui computadores, televisores de 19 e 24 polegadas, alarmes de carro, microondas, entre outros produtos que agora podem ser comprados pelos cubanos.

"Baseado na melhora da eletricidade disponível, o governo aprovou a venda de alguns equipamentos até então proibidos", diz um memorando interno do governo obtido pela Reuters nesta quinta-feira (13).

Raúl Castro, de 76 anos, está no comando de Cuba desde julho de 2006, quando seu irmão, Fidel Castro, deixou provisoriamente o poder para se recuperar de uma cirurgia. Neste ano Raúl assumiu o poder na ilha de forma definitiva.

"A prioridade do país será atender as necessidades básicas da população, tanto materialmente quanto espiritualmente", afirmou Raúl no passado recente, quando substituiu seu irmão.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL349286-5602,00-RAUL+CASTRO+LIBERA+VENDA+DE+COMPUTADORES+E+DVDS+EM+CUBA.html





Cubanos correm às lojas após 'abertura econômica'

Raúl Castro autorizou a venda de aparelhos eletrônicos até então proibidos pelo Estado.

Cubanos correm atrás de celulares, motos e DVDs.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,14366533,00.jpg
Cubano coloca em táxi um televisor comprado em shopping de Havana (Foto: AFP)



http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,14366522,00.jpg
Cubana senta em cima de motocicleta em loja em Havana. Cubanos correm para lojas após o presidente Raúl Castro liberar a venda de produtos como DVDs, celulares, e aparelhos eletrônicos (Foto: AFP)

King of Moria
08-09-2010, 20:04:26
O modelo foi bom até o ponto que levou Cuba em um estágio que a maioria dos países latino-americanos não podem nem sonhar. De fato, o modelo se esgotou é importante tentar revitalizar a economia sem perder as grandes conquistas sociais.

O maior problema de Cuba não é a economia, que no limite podia seguir assim, estagnada, por muito tempo. O problema é a falta de liberdade (não me refiro somente na liberdade econômica) e o tal bloqueio.

Linderman
08-09-2010, 20:17:14
Eu pensei q Econômico era um cara, e ele era modelo!

San Andreas
10-09-2010, 18:01:43
01/08/2010


Cuba anuncia medidas para reduzir empregos estatais e estimular autônomos

"Sem o aumento da eficiência e da produtividade é impossível elevar salários, aumentar as exportações, crescer a produção de alimentos e sustentar os enormes gastos sociais próprios de nosso sistema socialista", disse.

Segundo o presidente cubano, a medida tem o objetivo de "suprimir os enfoques paternalistas que desestimulam a necessidade de trabalhar para viver".


http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2010/08/01/raul300.jpg


DA BBC BRASIL


O governo de Cuba anunciou neste domingo um plano para reduzir o número de empregados no setor estatal do país e estimular o trabalho por conta própria.

Em um discurso durante a Assembleia Nacional, neste domingo, o presidente cubano, Raúl Castro, anunciou que, nos últimos dias 16 e 17 de julho, o Conselho de Ministros de Cuba concordou em colocar em prática um conjunto de medidas para promover a redução do "grande" número de empregados do setor estatal.

"Devo informá-los que depois de meses de estudos no sentido da atualização do modelo econômico cubano, o Conselho de Ministros (...) concordou com um conjunto de medidas para alcançar, por etapas, a redução do número de empregados consideravelmente grande no setor estatal", disse Raúl Castro.

O discurso foi proferido pouco depois de o ministro da Economia de Cuba, Marino Murillo, ter dito a repórteres que o governo buscava uma "atualização" do modelo econômico, mas descartava reformas amplas de mercado.

De acordo com Raúl Castro, a primeira fase do processo deve ser concluída no primeiro trimestre do ano que vem, com a modificação do regime de trabalho e de salário de alguns organismos da administração central do Estado.

Segundo o presidente cubano, a medida tem o objetivo de "suprimir os enfoques paternalistas que desestimulam a necessidade de trabalhar para viver".

"A estrita observância do princípio de idoneidade na hora de determinar quem merece ocupar um posto deve contribuir para evitar qualquer manifestação de favoritismo, assim como de discriminação de gênero ou de outro tipo", afirmou.

EFICIÊNCIA

Castro também informou que o Conselho de Ministros do país concordou em ampliar o "trabalho por conta própria", como uma forma de aumentar as alternativas de emprego aos trabalhadores.

Para isso, devem ser eliminadas proibições para a concessão de novas licenças, como uma forma de "flexibilizar" a contratação de força de trabalho.

Além disso, estes trabalhadores autônomos devem ser submetidos a um novo regime tributário, de modo que eles contribuam à seguridade social e paguem impostos sobre ingressos pessoais e vendas. Aqueles que contratarem empregados também pagarão impostos "sobre a utilização da força de trabalho", segundo Castro.

"Proximamente (...) abordaremos em detalhes com os principais dirigentes dos trabalhadores estas importantes decisões, que se constituem em uma mudança estrutural e de conceito com o objetivo de preservar e desenvolver nosso sistema social e fazê-lo sustentável", disse o líder cubano, que ainda afirmou que o "caráter socialista" do regime é "irrevogável".

TRABALHO

O presidente afirmou ainda que as novas medidas têm o objetivo de "sustentar" os gastos sociais do regime comunista. Castro, no entanto, apontou que é preciso acabar com a noção de que é possível viver sem trabalhar em Cuba.

"Sem o aumento da eficiência e da produtividade é impossível elevar salários, aumentar as exportações, crescer a produção de alimentos e sustentar os enormes gastos sociais próprios de nosso sistema socialista", disse.

"Ninguém ficará abandonado e o Estado socialista dará o apoio necessário para uma vida digna por meio do sistema de assistência social (...). É preciso apagar para sempre a noção de que Cuba é o único país do mundo em que se pode viver sem trabalhar", disse.

As novas medidas são anunciadas meses depois de o governo cubano ter permitido que funcionários de barbearias e salões de cabeleireiros do país possam administrar seus próprios negócios, podendo alugar espaços e pagar impostos no lugar de receber um salário mensal.

As pequenas empresas e comércios de Cuba foram nacionalizadas em 1968 pelo líder Fidel Castro.