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View Full Version : Reunião do G20 discutirá a política cambial no Mundo



San Andreas
08-11-2010, 23:46:29
O governo chinês mantem a sua moeda (yuan) artificialmente desvalorizada em relação ao dólar, tornando os produtos produzidos em território chinês mais baratos.

Os EUA, Europa e Japão pressionam a China para que valorize a sua moeda. Se o regime de cambio flutuante (em vigor no Brasil desde 1999) fosse adotado na China, o yuan seria valorizado entre 20% e 40%, levando milhares de várias empresas exportadoras chinesas a falência.

Entre 2005 e 2008 o governo chinês permitiu uma pequena valorização controlada do yuan. Analistas afirmam que a China está fazendo a transição de economia baseada na poupança e na exportação para um modelo mais calcado no consumo doméstico.

A tendência é que a China valorize a sua moeda nos próximos anos para combater a inflação e a especulação imobiliária e que um dia deixe de atrelar a sua moeda ao dólar, para que possa praticar a política monetária tradicional, na qual se administra os juros em função da inflação, e não do câmbio.

O governo americano dá os primeiros passos para erguer barreiras protecionistas. O congresso americano aprovou um projeto de lei que prevê taxação de produtos importados de países com moedas artificialmente desvalorizadas, como a China.

A medida cria um precedente para que outros paises imponham barreiras comerciais a China, o que poderá levar o mundo a uma guerra protecionista. Os EUA e Europa não consideram a China uma economia de mercado, ao contrario do governo brasileiro.

O governo americano em resposta a crise de 2008 inundou o mercado com dólares para estimular o consumo. A ultima medida foi inundar a economia com US$ 600 bilhões. A medida reduziu a cotação frente a todas as moedas do mundo e tornou os produtos produzidos em território americano mais baratos.

Os governos dos EUA, da Europa e do Japão também reduziram as taxas de juros para combater a crise de 2008. Com isso os investidores procuram paises com taxas de juros mais altas, como o Brasil. A entrada de dólares, euros (principalmente na Bovespa) derruba a cotação do dólar, valorizando o real e criando três problemas:

• Perda de competitividade dos produtos nacionais frente aos importados
• Perda de competitividade dos produtos nacionais exportados
• Déficit na balança comercial (déficit nas contas externas)

O déficit nas contas externas brasileiras em 2010 foi de R$ 50 bilhões. O déficit nas contas externas brasileiras para 2011 é estimado em R$ 80 bilhões.




Comissão da Câmara do Deputados dos EUA aprova projeto de lei que prevê taxação de produtos chineses

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2010/09/24/comissao-dos-eua-aprova-lei-que-preve-taxacao-de-produtos-chineses.jhtm



http://img607.imageshack.us/img607/3515/dolars.jpg




Maiores exportadores do mundo

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Maiores importadores do mundo

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O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, surpreendeu o mundo ontem ao propor a adoção de um renovado padrão-ouro global. A ideia foi defendida em artigo publicado pelo diário britânico "Financial Times". O objetivo, segundo ele, é diminuir as flutuações cambiais e, consequentemente, aumentar a previsibilidade das economias.

No artigo, Zoellick chamou o modelo de sistema "Bretton Woods II". O primeiro "Bretton Woods" foi implementado após a 2ª Guerra Mundial e previa o atrelamento fixo do dólar americano ao ouro (US$ 35 por onça-troy). O esquema foi abandonado em 1971 pelo governo do então presidente dos EUA, Richard Nixon.

Zoellick, que já participou do governo americano durante períodos de domínio republicano, pediu "um sistema monetário mais cooperativo" que inclua o dólar, o euro, o iene, a libra esterina e o iuan. A moeda chinesa caminharia para a internacionalização e para uma conta de capitais aberta.

Isso permitiria uma valorização cuidadosa do iuan e ajudaria a equilibrar os fluxos de comércio.


A defesa surpreendente de um sistema global de câmbio com o ouro como um dos pontos de referência, feita pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, salienta a intensidade da preocupação com a queda do dólar, que tem alimentado tensões comerciais.

A proposta pode ter sido feita mais para colocar a China no sistema monetário internacional do que para reverter de fato a âncora cambial para o ouro, o que a maioria dos economistas e integrantes de bancos centrais veem como irrealista.

A proposta de Zoellick por um sistema coordenado de moedas flutuantes, incluindo o iuan chinês, deve esquentar o debate antes da cúpula do G20 nesta semana, em Seul. Ela também é o abandono de 20 anos de dogma entre os americanos por um sistema cambial definido pelas tendências de mercado.

Washington e Pequim divergem sobre os desequilíbrios da economia global, sobre o regime cambial do iuan e sobre a recente decisão do Federal Reserve (FED) de imprimir mais dinheiro para comprar títulos do Tesouro.

A medida do FED, conhecida como "quantitative easing" ou QE2, depreciou o dólar, o que trouxe críticas internacionais. "Zoellick não só tem muita perspectiva histórica, como também entende a dinâmica global mais que a maioria", disse Jim O''Neill, presidente da área de gestão de ativos do Goldman Sachs. "Com a França prestes a tomar posse da presidência do G20, vamos ver muito mais desse tipo de coisa."

Zoellick, que já participou do governo americano durante períodos de domínio republicano, pediu "um sistema monetário mais cooperativo" que inclua o dólar, o euro, o iene, a libra esterina e o iuan. A moeda chinesa caminharia para a internacionalização e para uma conta de capitais aberta.

"O sistema também deveria considerar o uso do ouro como um ponto internacional de referência das expectativas do mercado sobre inflação, deflação e futuras cotações cambiais."

Autoridades francesas disseram que algumas das ideias de Zoellick, apresentadas em um artigo de opinião no Financial Times, estão de acordo com iniciativas que o presidente Nicolas Sarkozy quer promover enquanto a França presidir o G20, a partir da próxima semana. O mandato dura um ano.

Paris quer ajudar a integrar gradualmente a China, cuja moeda ainda não é conversível, ao sistema monetário internacional. Isso permitiria uma valorização cuidadosa do iuan e ajudaria a equilibrar os fluxos de comércio.

Essas ideias estiveram no centro do encontro de Sarkozy com o presidente chinês, Hu Jintao, na semana passada.

Uma autoridade francesa envolvida nas preparações para a Presidência do G20 afirmou que um dos principais objetivos de Paris é garantir a inclusão do iuan na cesta de moedas usada para calcular os Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Isso ajudaria a criar um mercado para o iuan como moeda de reserva e também incentivaria bancos centrais a adquirirem a divisa, afirmou a fonte francesa.

Entretanto, há mais ceticismo sobre a ideia de um retorno ao padrão-ouro. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, falando após um encontro com presidentes de bancos centrais de países industrializados e emergentes, disse que o padrão-ouro não foi discutido.

"Em minha memória, essa ideia foi mencionada há um bom tempo por Jim Baker, quando foi secretário do Tesouro nos anos 1980", disse Trichet. Zoellick trabalhava no Tesouro durante a administração de Baker.

Gilles Moec, economista do Deutsche Bank, disse que o padrão-ouro é citado a cada crise do sistema de câmbio. Ele vê no entanto, um problema fundamental no sistema, que depende da oferta e demanda por uma commodity. "Essas discussões se resumem a uma coisa: as pessoas estão procurando uma âncora", afirmou.



Maiores reservas de ouro do Mundo

http://img641.imageshack.us/img641/2518/gold1.jpg
http://img178.imageshack.us/img178/1364/gold2v.jpg



http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/Gold_world_production.png

San Andreas
08-11-2010, 23:48:49
Câmbio provocará "ressaca" na indústria, diz Fiesp

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2010/10/14/cambio-provocara-ressaca-na-industria-diz-fiesp.jhtm



Mantega critica plano de US$ 600 bilhões dos EUA e alerta sobre orçamento brasileiro

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/825439-mantega-critica-plano-de-us-600-bilhoes-dos-eua-e-alerta-sobre-orcamento-brasileiro.shtml



Japão promete intervir de novo no câmbio se necessário para enfraquecer o iene

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_32756.htm