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Star Wars Empire at War
Ao longo dos anos, "Star Wars" acostumou-se a servir de inspiração para inúmeros jogos, desde os medíocres até os agradáveis, conquistando inclusive quem não dá muita bola para o embate entre Aliança Rebelde e Império. Com o gênero de estratégia em tempo real não é diferente - basta citar o patético "Rebellion" e o divertido "Galactic Battlegrounds".
Em "Empire at War", a LucasArts parece estar atingindo a maturidade no trato com a saga de George Lucas. O UOL teve acesso exclusivo a uma versão beta e pôde conferir porque o game tem plenas chances de ser o melhor dentre os que já reuniram "Guerra nas Estrelas" e estratégia em um só pacote.
O jogo é ambientado alguns anos antes dos eventos de "Star Wars IV Uma Nova Esperança", em batalhas especiais que acontecem em larga escala, seja no espaço sideral ou na superfície de planetas conhecidos, comoTatooine e Dagobah. Sete tutoriais, sendo dois deles não-interativos, ensinam os princípios básicos da jogabilidade antes de você se arriscar pelas duas campanhas, uma para a Aliança Rebelde e outra para o Império.
O grande trunfo de "Star Wars: Empire at War", como você pode já ter percebido, é reunir em um só produto batalhas no espaço e no solo. Separando-as, existe um mapa da galáxia, mostrando cada planeta e ilustrando os avanços estratégicos e táticos de sua tropa. Em outras palavras, é aqui que começam as batalhas.
A imensa maioria dos jogos do gênero traz missões lineares e pré-definidas, mas aqui, jogadores devem lutar para conquistar os planetas em um campo de batalhas que está em constante mudança. É preciso transportar suas tropas entre planetas, defender suas principais bases e atacar pontos estratégicos de influência do oponente.
No solo, pontos de captura precisam estar sob o seu poder para lhe garantir mais unidades na batalha, mas, principalmente, para encurralar o adversário aos poucos. Cada planeta possui suas condições climáticas adversas e elas influenciam o jogo: chuvas, por exemplo, reduzem a precisão dos lasers em 50%, enquanto tempestades de areia cortam o poder dos foguetes pela metade.
Já no espaço, o que atrapalha são as nebulas e os campos de íon, que desabilitam certos recursos de defesa das naves e, por isso mesmo, devem ser evitados a todo custo. Aliás, o espaço sideral de "Empire at War" é planificado, e não em 3D, o que facilita um pouco mais os comandos. É claro que a presença das unidades famosas é garantida: em terra, há Stormtroopers, AT-AT, Snowspeeders e tantos outros; nos combates espaciais. X-Wings, A-Wings enfrentarão TIE Fighters e TIE Bombers, além das famosas e enormes naves do universo "Star Wars".
Os gráficos não chegam perto de "Age of Empires III" - para utilizar o exemplo mais extremo -, mas desempenham o seu papel na medida certa, com design das unidades bem fiel aos originais, além de efeitos de sombra e luz bastante convincentes.
O nível de zoom permite aproximar bastante a visão, mas o melhor recurso, nesse caso, é a visão cinematográfica: clicando em seu ícone, a perspectiva adota ângulos mais próximos à ação, mostrando-a como se realmente fosse um filme. Claro que no calor dos combates ela chega a ser um risco - afinal, você precisa estar no campo de batalha atuando, e não simplesmente assistindo -, mas ainda sim é uma opção interessante, ainda mais para os fãs de "Guerra nas Estrelas".
Além das campanhas, existe o modo Galactic Conquest que, como o próprio nome sugere, envolve a conquista total do espaço. Cada planeta ocupado garante uma certa quantidade de recursos e o espaço para colocar estruturas e unidades neles é limitado. Por isso, cada passo deve ser muito bem planejado, pois é preciso equilibrar constantemente ataque e defesa.
O Galactic Conquest pode ser jogado ainda com dois jogadores. O multiplayer, via rede ou internet, ainda funciona também para o modo Skirmish, com a opção de limitar as batalhas ao solo ou ao espaço.
Dos mesmos criadores de jogos de séries como "Command & Conquers" e "Civilization", "Star Wars: Empire at War", exclusivo para PC, é um dos mais promissores títulos de estratégia do ano, não apenas para os entusiastas do universo de George Lucas, mas para qualquer um que aprecie um bom e inteligente desafio.
Star Wars Empire at War: Forces of Corruption
"Star Wars: Empire at War" fez jus à saga Guerra nas Estrelas e proporcionou aos fãs uma bela experiência no gênero de estratégia em tempo real. Diante de tão bom resultado, uma expansão era apenas uma questão de tempo.
Trata-se de "Forces of Corruption", que introduz a inédita facção Underworld, liderada por Tyber Zann, um dos piores criminosos de Jabba the Hutt. Com sua horda de vilões, ele pretende aproveitar o vácuo de poder criado pela destruição da Estrela da Morte, a arma mais devastadora do Império.
Como Aliança Rebelde e Império continuam em guerra, é bem provável que a Underworld alie-se aos rebeldes, enquanto tenta roubar o Super Star Destroyer Eclipse, do Império. A nova facção utiliza recursos traiçoeiros para conquistar os planetas, através de seus sabotadores e heróis, espalhando a corrupção.
Aliás, a expansão acrescenta 13 novos planetas, dentre eles Mustafar, Mandalore, Utapau, Kamino e Felucia. Os mapas são muito maiores se comparados aos da versão original, com algumas superfícies especiais em que só unidades de infantaria têm acesso.
Há várias unidades inéditas, inclusive para as facções já existentes, além de heróis. No papel da Aliança Rebelde, por exemplo, é possível assumir o pele de Luke e Yoda.
"Star Wars: Empire at War e Star Wars: Empire at War - Forces of Corruption" são títulos exclusivos para PC.