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Tópico: Ganhadores do Premio Nobel 2007

  1. #1
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    Arrow Ganhadores do Premio Nobel 2007

    Manipulação genética dá o Nobel de Medicina a um americano e dois britânicos


    Publicada em 08/10/2007 às 14h44m
    O Globo Online
    Agências internacionais


    ESTOCOLMO - Mario Capecchi, Oliver Smithies e Martin J. Evans são os ganhadores do Nobel de Medicina e Fisiologia de 2007. Em suas pesquisas, eles desenvolveram o método que permite a manipulação de genes específicos em camundongos de laboratório, com ajuda de células-tronco. Suas descobertas abriram caminho para estudos que simulam uma infinidade de doenças humanas e hoje tem aplicação na busca de tratamentos para várias delas. Quase todos os aspectos do funcionamento de mamíferos podem ser estudados a partir dessa manipulação direta de genes específicos.

    O processo criado já contribuiu para estudos sobre doenças como fibrose cística, insuficiência cardíaca, diabetes e câncer, entre muitas outras. "Seu impacto na compreensão da função dos genes e seus benefícios para a Humanidade continuarão a crescer por muitos anos ainda", disse, ao anunciar a escolha, o Instituto Karolinska, que outorga o Nobel de Medicina.

    - É certamente algo que todo mundo adoraria ouvir e é uma notícia maravilhosa tanto a respeito do nosso laboratório quanto para nossa universidade - disse Capecchi, que é americano de origem italiana.

    Smithies e Evans são britânicos, sendo que o último também tem nacionalidade americana. Em 2001, o trio havia ganhado o Prêmio Albert Lasker para a Pesquisa Médica Básica, considerado a versão americana do Nobel. Agora, a equipe receberá 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão) por desenvolver a tecnologia de inserção, ativação e desligamento dos genes que queriam nos camundongos.


    Equipe explorou o processo natural da recombinação homóloga


    Primeiro, Capecchi e Smithies mostraram que era possível fazer esses tipo de modificação nas células, explorando um processo natural chamado de "recombinação homóloga". Essa recombinação consiste apenas na troca de genes entre cromossomos de um mesmo par. (Os cromossomos não os grandes filamentos em que o DNA se apresenta nas céluas. Eles existem em pares, nos quais um cromossomo foi herdado da mãe e outro do pai.) Os dois cientistas mostraram que a recombinação homóloga também acontecia entre DNA introduzido nas células e os cromossomos que já existiam ali. Primeiro, eles tentaram, com esse conhecimento, corrigir mutações genéticas em células humanas, mutações que levam a doenças.

    Martin Evans explorou a recombinação em células-tronco embrionárias. As células dos embriões em estágio incial de desenvolvimento dão origem a todos os tipos de tecidos e células, inclindo as células reprodutivas. Ele introduzia os genes que lhe interessavam com ajuda de um vírus, que "troca" material genético com as células que invade. Com isso, Evans abria caminho para a criação de linhagens inteiras de animais modificados geneticamente para atender a necessidades específicas de pesquisas médicas.

    O processo já esclareceu a função de diversos genes no desenvolvimento embrionário, no envelhecimento e em diversas doenças. Com a técnica, já é possível produzir quase todo tipo de modificação no DNA de um camundongo, permitindo que cientistas estabeleçam a função de um gene específico.

    A técnica já é usada em diversas áreas da biomedicina, desde pesquisas básicas até o desenvolvimento de novos tratamentos. Até agora, foram desligados mais de 10 mil genes de camundongo - aproximadamente, a metade dos genes no genoma de um mamífero. Com os esforços internacionais em andamento, a expectativa é que o desligamento de todos os genes de um camundongo se torne possível num futuro próximo.

    As primeiras linhagens de animais modificados geneticamente usando-se a aplicação da recombinação genética às células tronco de embriões são de 1989.

    Nos próximos dias serão anunciados os prêmios de Física, Química, Literatura e Paz.

    Os prêmios Nobel foram entregues pela primeira vez em 1901, cumprindo o testamento do milionário sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.



    O pesquisador Martin Evans - Divulgação / Universidade de Cardiff



    O pesquisador Mario Capecchi fala com repórteres por telefone após receber a notícia sobre o Nobel - Reuters

  2. #2
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    Re: Ganhadores do Premio Nobel 2007

    09/10/2007 - 09h11


    Revolução nos discos rígidos recebe Nobel de Física 2007

    da Efe, em Estocolmo


    O Prêmio Nobel de Física foi concedido neste ano para o francês Albert Fert e o alemão Peter Grünberg, cujas pesquisas revolucionaram o mundo da informática ao encontrar a chave que permitiu aumentar a capacidade de armazenamento dos HDs (discos rígidos) e, assim, minimizar o tamanho desse hardware.



    Real Academia de Ciências Sueca decidiu premiar estudo que revolucionou os HDs


    A Real Academia de Ciências Sueca decidiu premiar os trabalhos dos cientistas europeus por sua descoberta da magnetorresistência gigante em 1988 (GMR, em inglês), a tecnologia utilizada na leitura dos dados dos HDs.

    Em um sistema como a GMR, é possível obter uma redução de até 100% na resistência às correntes elétricas. Esse mecanismo se transforma no instrumento idôneo quando se trata de transformar em corrente elétrica a informação registrada de forma magnética.


    Perfis


    O físico Fert nasceu em 1938 em Carcassone, na França, e atualmente trabalha como diretor da unidade mista de física no Centro Nacional de Pesquisa Científica CNRS/Thales, em Orsay.

    O alemão Grünberg nasceu em 1939, em Pilsen, na atual República Tcheca, e atualmente é professor no Instituto de Pesquisa de Corpos Sólidos do centro de pesquisas de Jülich, no oeste da Alemanha.

    No ano passado, a Academia premiou as pesquisas de dois astrofísicos americanos em torno do nascimento das galáxias.

    O Nobel de Física oferece 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões) a seus vencedores.



    Entenda a pesquisa que venceu o Prêmio Nobel em Física


  3. #3
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    Re: Ganhadores do Premio Nobel 2007

    10/10/2007 - 07h38 - Atualizado em 10/10/2007 - 10h50


    Pesquisador alemão vence Nobel de química de 2007


    Láurea vai para trabalhos de Gerhard Ertl com reações químicas de superfície.
    Pesquisas envolvem fenômenos que vão de catalisadores dos carros à camada de ozônio.



    Pesquisas que ajudaram a entender fenômenos tão variados quanto o surgimento da ferrugem, o funcionamento de células de combustível, o uso de catalisadores nos carros, a produção de fertilizantes e até o sumiço da camada de ozônio acabam de dar ao pesquisador alemão Gerhard Ertl, nascido em 1936, o Prêmio Nobel em Química. Foi um presente de aniversário e tanto para Ertl, que completou 71 anos nesta quarta (10).




    Ertl em seu escritório em Berlim, com a página de seu anúncio como vencedor impressa e pendurada no computador, ao fundo (Foto: Axel Schmidt/France Presse)



    "Estou sem palavras. Não estava contando com isso. É o melhor presente de aniversário que alguém pode ganhar", afirmou o pesquisador à agência de notícias Associated Press.

    Hoje professor emérito do Instituto Fritz Haber, em Berlim, o vencedor foi pioneiro nos estudos da chamada química de superfície, nos anos 1960. O prêmio representa a vitória da precisão: para conseguir entender de forma exata como os fenômenos da química de superfície acontecem, Ertl precisou criar uma série complexa de procedimentos de laboratório, colocando equipamentos em um vácuo quase absoluto, de maneira a haver pouca chance de contaminação nas reações.

    As observações de Ertl envolviam, por exemplo, acompanhar como camadas individuais de átomos e moléculas se comportavam na superfície de um metal extremamente puro, determinando de forma exata cada novo elemento na reação química.

    Uma das bases desse tipo de estudo é a análise de como o nitrogênio do ar, com a ajuda de uma superfície de ferro como catalisadora, pode ser retirado da atmosfera e transformado em fertilizante -- uma operação que é fundamental para a produção agrícola hoje. Num contexto urbano, o trabalho do pesquisador alemão também é importantíssimo: ele estudou como o monóxido de carbono, um poluente causador de asfixia resultante do motor dos carros, pode ser retirado do ar usando platina -- essa é a origem dos catalisadores dos automóveis de hoje.

    Entender como a camada de ozônio está sendo destruída pelos chamados CFCs também se tornou possível graças ao trabalho do alemão -- partes importantes da reação em questão acontecem justamente na superfície de pequenos cristais de gelo na estratosfera.




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