Total Annihilation + Core Contigency

Faz 10 anos que Total Annihilation foi lançado pela empresa Cavedog (comprada pela Atari). O jogo fez um enorme sucesso na época, ganhou dezenas de prêmios e foi considerado, por muitos jogadores, como um dos melhores RTS já feitos. Mesmo depois de todo esse tempo, Total Annihilation ainda é jogado e ainda existem até Clãs e servidores pro jogo.

Jogabilidade

A jogabilidade do Total Annihilation se difere de outros RTS da época como Age of Empires, Warcraft e Starcraft, tanto nos controles do mouse como na economia. Há dois tipos de recursos: Metal e Energia. O metal é recolhido com extratores de metal ou pode ser criado com Metal Makers, mas esses já requerem uma boa quantidade de energia. A energia é adquirida com geradores; de início há o gerador de energia solar e eólica, que é uma escolha bem dispensável, pois apesar de ser mais barato e mais rápido de construir, é extremamente sensível a ataques e geram menos energia que os geradores solares (que ainda possuem um escudo quando são atacados).
Ainda assim, é possível conseguir recursos usando construtores pra recolher unidades destruídas, pedras, árvores e outros objetos do cenário.
A variação de unidades é bem grande: é impossível ver uma unidade parecida com outra, cada uma tem suas vantagens, a combinação de unidades possível de fazer em um ataque é incrível e nenhuma unidade chega a ser dispensável.
Também há uma grande variedade de construções, mísseis nucleares, canhões de longa distância, torres defensivas, antiaéreos e inúmeras outras coisas que deixam bem claro que em variedade de unidades esse jogo não peca.
Os grandes ataques são de impressionar, a variação enorme de unidades e combinação com terra, ar e mar enchem os olhos dos mais exigentes, e ainda acompanhando uma trilha sonora incrível (mais detalhes na parte áudio) fazem de Total Annihilation um jogo que impressiona até hoje.
A respeito da expansão Core Contigency: a expansão traz novos mapas, campanhas e unidades bem interessantes, com destaque ao Krogoth, uma unidade experimental da Core bastante poderosa e que requer certo tempo pra construir. É uma pena que não adicionaram nenhuma unidade experimental para a Arm, mas mesmo assim, o jogo não chega a ficar desequilibrado.
É fácil notar o destaque que a expansão deu para o mar: foram adicionados Hovercrafts, construções submersas e aviões que mergulham no mar, e acredite, não há nada mais legal que pegar um oponente desprevenido com aviões levantando vôo do fundo do mar.
Mas nem tudo é uma maravilha. O jogo tem bugs bastante irritantes no path-finding (sistema que faz um objeto procurar o melhor caminho de um ponto ao outro), como exemplo: se você deixar muitas unidades em uma mesma posição e mandar todas se moverem ao mesmo tempo, elas ficam “burras” e acaba que apenas um grupo de unidades vai até a direção que você mandou, e as outras, ou ficam paradas ou ficam batendo em obstáculos (esse bug vale tanto para unidades terrestres quanto marítimas). A melhor forma de resolver esse bug é mandando um grupo de unidades por vez.
A jogabilidade também confunde muito os jogadores iniciantes, a começar pelas unidades de construção, que podem fazer os jogadores confundirem com unidades de ataque. Por isso, Total Annihilation é um tipo de jogo que precisa de certo tempo pra se acostumar, ou até gostar.

Nota: 9.0/10

Gráficos

É bem difícil falar dos gráficos de um jogo de 1997, mas os gráficos do jogo eram muito bons para a época. Apesar de não terem sido os mais impressionantes, agradam, mesmo sendo limitado a 256 cores.

Nota: 8.5/10

Áudio

Eis o ponto em que Total Annihilation mais impressiona, não só pelos sons muito bons, mas a trilha sonora é uma das melhores já vistas (ou ouvidas), as músicas orquestradas dão todo o clima do jogo, há uma boa variedade, diferentes músicas de construções e de combates que deixam o jogo ainda mais animado. O único problema nesse ponto é o corte entre as músicas, que, por exemplo, se um combate acabar por muito tempo, a música pára do nada e começa uma música de construção por cima, mas nada disso é suficiente pra fazer com que a nota nesse quesito não seja máxima.

Nota: 10/10

Conclusão

Total Annihilation é sem dúvidas um dos melhores RTS já feitos, mas definitivamente, não é um jogo para jogadores impacientes.
É uma pena que o jogo não fez muito sucesso no Brasil, mas não é muito difícil encontrar fãs do jogo que ainda joguem em partidas on-line.
Total Annihilation é o tipo de jogo que qualquer fã verdadeiro de RTS deve experimentar.

Jogabilidade: 9.0
Gráficos: 8.5
Áudio: 10
Diversão: 9.5

Média: 9.25

Pontos positivos:
- Áudio impecável
- Enorme variedade de unidades

Pontos negativos:
- Bugs na jogabilidade atrapalham

Requisitos mínimos:
Pentium 100Mhz
16Mb de Ram
35Mb de espaço em disco

Requisitos recomendados:
Pentium 133Ghz
24Mb de Ram

Configuração ideal:
Pentium III 1Ghz
128Mb de Ram

Imagens: