Supreme Commander: Forged Alliance

Faz pouco mais de um ano que Supreme Commander é lançado, RTS de larga escala da Gas Powered Games e do mesmo criador do Total Annihilation, considerado seu predecessor espiritual.
Em menos de um ano depois do lançamento, Supreme Commander já ganha uma expansão, lançada em novembro de 2007, que adiciona novos recursos e faz várias modificações na jogabilidade.
Para saber que alterações e novidades são essas, leia a review a seguir.

Jogabilidade

Quem nunca jogou o primeiro Supreme Commander e começar pela campanha certamente vai se perder nos primeiros momentos de jogo, diferente do anterior, em que as missões começavam apenas com algumas unidades básicas, aqui elas já começam liberando quase todo o arsenal disponível, permitindo inúmeras formas de serem completadas. As missões também acontecem em uma escala muito maior, no início apenas uma pequena parte do mapa fica aberta, e quando os objetivos vão sendo completados, o mapa vai se expandindo cada vez mais.
A interface sofreu uma grande melhoria, diferente da padrão do primeiro Supreme Commander, essa possui uma visão muito mais limpa e ainda podendo fechar menus desnecessários.
Um dos primeiros recursos novos a se notar são as Overlays de seleção, que permitem ver o alcance de fogo, visão, radar e outras funções das unidades quanto elas estão selecionadas, o problema aqui é que parece que esse recurso foi extremamente mal implementado, fazendo com que haja uma grande perda de perfomance quando muitas unidades estão selecionadas, não havendo outra escolha se não desativá-las, isso é um problema muito grave já que essas overlays poderiam dar uma boa vantagem estratégica.
Outro novo recurso extremamente bem vindo são os Templates, que permite salvar a ordem de construção das unidades, podendo construir futuramente as mesmas coisas em ordem com apenas um clique.
Outro recurso que foi aprimorado é a repetição e pausa na construção das unidades, que agora pode ser feito em conjunto com várias fábricas ao mesmo tempo.
O balanceamento também teve uma enorme mudança, a jogabilidade do jogo ficou mais rápida, demorando menos tempo para criar as unidades e avançar o nível tecnológico, até os armamentos nucleares agora demoram muito menos para construir (por outro lado, na campanha agora demora até mais do que antes).
Além da facção nova, também foi adicionada um considerável número de novas unidades e estruturas para as outras facções e diversos mapas novos.

Nota: 9.0/10

Gráficos

Graficamente também houve algumas notáveis melhorias, novos efeitos como distorção provocada por calor, melhorias em algumas texturas (especialmente no céu), unidades mais bem detalhadas e draw distance maior. Mas muitas vezes essas “melhorias” gráficas acabam não sendo notadas e mesmo assim acabaram deixando o jogo mais pesado, e o pior: não há nenhuma opção individual pra desativá-las, apenas abaixando drasticamente a qualidade gráfica, fazendo com que as tais “melhorias” sejam mais um problema pra jogadores com computadores “não tão bons”, já que pode acabar virando um jogo com gráficos inferiores que o seu predecessor, e mesmo assim pesado.

Nota: 8.0/10

Áudio.

O áudio do Forged Alliance não muda muito o já conhecido no Supreme Commander, todos os sons continuam os mesmos. Já a trilha sonora teve uma total renovação, mudando o estilo das músicas e parando de seguir uma ordem para serem tocadas, mas depois de um tempo elas acabam ficando um pouco repetitivas, e também continuam com o mesmo problema do primeiro Supreme Commander, em que os efeitos sonoros acabam sobressaindo sobre as músicas, sendo necessário abaixar o volume dos sons pra poder ouvir as músicas normalmente.
A dublagem também não é nenhum ponto forte, algumas vozes são boas e cumprem seu papel, mas as dos inimigos acabaram ficando com um diálogo meio bobo.
Mas o grande problema na parte sonora são certas “engasgadas” nas músicas que ocorrem em alguns computadores, principalmente quando a performance cai, e isso não existia no primeiro Supreme Commander, outro problema grave que pode frustrar quem não tiver um PC muito bom.

Nota: 8.0/10

Conclusão

Apesar do curto período entre o lançamento do primeiro Supreme Commander e da expansão, Forged Alliance traz um enorme conteúdo novo, e o melhor de tudo: não é necessário do primeiro Supreme Commander pra jogar, e mesmo sem ele a expansão já vem com todos os mapas e unidades anteriores, tendo apenas a limitação de só poder jogar com a facção Seraphim no modo multiplayer, sendo assim, é mais um novo jogo que de fato uma expansão.
Mas o jogo também possui uma falha que é suficiente pra manter muito jogador longe, que é o peso absurdo, um jogo que poderia garantir uma experiência incrível pode acabar se tornando chato e frustante, poderia ter sido lançado mais tarde e receber melhores otimizações, especialmente nas citadas Overlays.
Mas para quem tem um PC acima da média, Forged Alliance é um grandioso RTS e sem dúvida vale a pena para fãs do gênero.

Jogabilidade: 9.0
Gráficos: 8.0
Áudio: 8.0
Diversão: 9.0

Média: 8.5

Pontos positivos:
- Jogabilidade mais rápida e enriquecida com vários recursos e unidades novas.
- Gráficos muito bonitos quando há um PC bom para rodá-los.
- Não precisa do primeiro Supreme Commander pra jogar.

Pontos negativos:
- Ainda mais pesado.

Requisitos mínimos:
Pentium IV 1.8Ghz
512Mb de RAM
Placa de vídeo com suporte a pixel shader 2.0(excluindo a série GeForce FX)
Drive de DVD
8Gb de espaço em disco

Requisitos recomendados:
Pentium IV 3.0Ghz
1Gb de RAM
Placa de vídeo GeForce 6800

Imagens: