INTRODUÇÃO

Prototype, para mim, pelas poucas informações que tinha antes de jogar, era pra "passar batido".

Após um comentário de um colega de trabalho, decidi conhecer mais o game. Assisti aos trailers e obtive mais informações escritas.

A partir do momento que fiquei sabendo da história do jogo, meu interesse cresceu muito e fiquei decidido a jogá-lo e em seguida fazer um review porque este tipo de game "marca".

Após o término do mesmo, que ocorreu ontem, comprovei as minhas "suspeitas".

Abaixo seguem algumas informações e impressões de um gamer não tão ativo quanto antes, mas creio que bastante positivas em relação a este jogo.




HISTÓRIA

Gostei tanto que afirmo e comento com todos que daria um excelente filme. Com roteiro de superprodução e história muito imersiva, Prototype foi para mim dos games que mais prendeu a atenção (mesmo o jogo sendo bastante repetitivo conforme a história se desenvolve).

A grosso modo e sem querer estragar a experiência de quem ainda pretende começar a se divertir, o jogo gira em torno de uma grande epidemia de um vírus (BLACKLIGHT) elaborado e recorrente que infecta, no tempo atual do jogo, Nova York e vai se expandindo por 18 dias do jogo, se me lembro bem. Você começa no último dia, quando a cidade está quase inteira infectada e cheia de zumbis arrastando suas carcaças pelas ruas.

Você tem também várias categorias de mutantes, alguns mais fortes e poderosos que outros. Dentre eles, os Hunters e variações (Superhunter etc), que são realmente monstros fortes e irritantes, com combos que te fazem querer dar soco no monitor hahahaha; e uns outros mais freqüentes e tão chatos quanto, que são rápidos, e alguns que demoram mais para morrer – logo, dão mais trabalho.

Vamos lá aos tópicos centrais e detalhes para que eu possa ser mais específico:




DETALHES

Gráficos: Não é o foco principal, obviamente, conforme todos poderão comprovar nas screens que tirei e selecionei. O jogo não é belíssimo... longe disso, mas esse fato traz um ponto positivíssimo: leveza. O jogo não é "polido" visualmente, mas esbanja velocidade/adaptação aos PC’s mais modestos. Para mim, se o gamer instalar Prototype esperando jogar "pelos olhos", é bem provável que não vá se divertir muito.

Por outro lado, o fato de você poder circular por grande parte de Nova York notando semelhanças reais com a capital é gratificante. Mais gratificante ainda é a possibilidade de ir onde quiser. O jogo praticamente não tem fronteiras. O cenário é inteiro "seu" desde o começo (mesmo você "começando pelo fim" e depois entrando numa linha de tempo mais esboçada).

Audio: Achei bastante interessante. O jogo dispõe de vários tipos de sons que te enchem a cabeça a cada ação tua. Joguei-o quase integralmente em 5.1 e fiquei muito satisfeito. As explosões, apesar de serem bastante feias às vezes, compensam pelo estrondo bem orquestrado pela equipe responsável.

Durante as horas que passei sentado jogando, notei uma quantidade muito boa de diálogos e cut-scenes (excelentes, diga-se de passagem), sendo que mesmo os pedestres não ficam sempre com "mono-falas" (apesar de na grande maioria das vezes apenas estarem correndo e berrando). Os grunhidos dos "mutantes" são bastante gratificantes e nota-se que houve um bom trabalho de maneira geral.

Os sons dos mísseis e disparos de armas comuns, sendo estes bem semelhantes ao primeiro Farcry, e aqueles um pouco fracos, porém bastante satisfatórios, até porque pouco se usam armas de fogo no jogo.

Centralizarei maiores detalhes sobre esses pontos áudio-visual abaixo na categoria Jogabilidade, porque não tem como comentar isoladamente.

Jogabilidade: Na minha opinião, o ponto mais fantástico do jogo com certeza.
O jogo para mim teve um toque "homem-aranha-assassin's-creed-farcryish" de ser por mesclar várias idéias e características vistas nestes títulos.

Começando pela idéia em si: você é o vírus que está consumindo a cidade inteira, a idéia central, como se fosse o coração de tudo. Assim como qualquer vírus, você é destrutivo, só que nesse caso em especial você tem habilidades sobre-humanas que após a sua morte e "ressurreição pelo vírus" se tornaram possíveis e aperfeiçoáveis com o tempo.

O vírus lhe permite o seguinte: tua forma física pode ser alterada conforme a vontade/necessidade. Ao consumir alguém, que basicamente é a tua melhor fonte de vida (HP), você consome além dos conhecimentos a forma física, que você pode assumir assim que quiser através de um menu bem pratico, o que é bastante útil quando você quer se infiltrar em alguma base militar ou escapar dos chatíssimos airstrikes. O vírus te deixa também alterar seus membros, possibilitando criar armas (punho de "pedra", espada, garras estilo Wolverine, músculos reforçados e um estilo de "lança" que você joga e fica atrelada a uma corrente orgânica). Não vou entrar em detalhes individuais das armas porque é muito assunto para pouco tempo de escrita e não quero estragar as surpresas. Digo apenas que você tem muuuuitas combinações de ataques e maneiras de consumir/matar inimigos/pedestres e mutantes.

Exemplificando: você tem um "menu de upgrade" que é aumentado conforme a história é desenvolvida, ou você consome mentes com habilidades (entrarei em detalhes mais a frente). Estes upgrades lhe custam pontos que você ganha conforme causa danos ao governo (destruindo armamentos e prédios do exercito) e até mesmo matando mutantes e destruindo "Hives" (HQ's de infecção). Em menus, basicamente dispostos entre Movimentação, Ação, Adaptação etc, você pode escolher upgrades (com vários re-upgrades te possibilitando um resultado ainda mais alto) como correr mais rápido, pular mais alto, absorver mais vida quando consumir alguém, "criar novas armas" com o seu vírus e aprender movimentos e combos para elas, ter mais vida, regenerar-se de maneira mais eficiente, força, etc.

Alem disso, tem-se:

*Cidade inteira a sua disposição, desde prédios que você pode facilmente atingir o topo, seja pulando ou planando (mais uma função que o viíus permite) até o Central Park.

*Possibilidade de pilotar tanques e helicópteros.

*Camuflagem (estilo Messiah -> possui corpo-mente / Hitman -> roupa. Só que no Proto você se transforma fisicamente, até as roupas).

*Usar armas para ligar-se ao helicóptero e "roubá-los" em pleno vôo.

*Você é incrivelmente resistente a qualquer ataque militar, ainda mais quando ganhar a capacidade de criar uma "body armor" que lhe protege muito mas aumenta o teu peso. Logo, não pode voar nem correr muito rápido.

*Teia de conhecimentos, que é, a grosso modo, a história do jogo que você aumenta/descobre conforme consome cientistas, militares e outras pessoas-chave que o jogo lhe permite identificar. Você pode fechar o jogo sem entender muito a história, então cabe à vontade do jogador de ficar correndo pelas ruas atrás dessas pessoas que lhe permitem avançar na "web of intrigue" ou não. Mas é interessante pegar esses "flash's de memória" ao consumir esses alvos.

*Váááááááááários eventos, que são basicamente missões paralelas, limitando-se nos seguintes estilos:
- Consumir infectados, militares ou cientistas;
- Planar ate um alvo para aperfeiçoar as habilidades;
- Destruir bases, sejam militares ou da infecção;
- Ajudar forças, às vezes como militar destruindo mutantes e outras assumindo o papel contrário ao lado dos mutantes;
- "Massacres" de mutantes ou militares usando armas/veículos específicos cada vez;
- "Corrida" por waypoints.

Na conclusão desses eventos, você tem 3 qualificações: bronze, prata e ouro, sendo a ordem de recompensa a mesma da de valor dos elementos que dão nome. Existem 3 níveis de dificuldade que você atinge conforme vai avançando na historia também e, quando conclui um estilo de missão secundária, ganha algum tipo de informação (paradeiro de alguém importante na história etc).

É muita informação. O jogo é riquíssimo.. só jogando mesmo pra se notar tudo o que ele lhe proporciona.




CONCLUSÃO

Bom, concluindo aqui a minha contribuição depois de muito tempo parado, digo apenas o seguinte:

Adorei o jogo! Ficou no limiar do cansaço mas entregou um alto nível de diversão e me fez sentir saudades de jogar quase que instantaneamente após fechá-lo cada vez, e confesso que agora que terminei dá aquela sensaçãozinha de "quero mais".

Definitivamente um ótimo passa-tempo para quem gosta de um estilo "third person's gorish adventures shooter", onde se tem a liberdade de GTA para sair matando pedestres conforme sentir vontade e as movimentações semelhantes às de Assassin's Creed e o toque macabro do primeiro Farcry com aqueles mutantes.

Nota pessoal: 8.5




SCREENSHOTS
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