Irônico, de um humor por vezes ácido e, acima de tudo, muito divertido, "Tropico" foi um destes jogos de gerenciamento inspirados em "SimCity" que mais deixou saudades. Até então, ninguém imaginava que governar com punho de ferro uma ilha no meio do Caribe poderia ser uma tarefa tão envolvente - ok, talvez Fidel Castro já tivesse uma ideia à respeito.
Se a continuação direta, que retratava a vida de um pirata na ilha, não fez jus ao original, "Tropico 3" quer ser a verdadeira sequência. Em plena época de Guerra Fria, cabe a você dar os rumos ao seu paraíso particular, usando os métodos típicos dos tiranos inescrupulosos, onde a corrupção é apenas o começo. Claro, há também a opção de governar a ilha com bons modos. Fica a seu critério.
O que importa é defender a ilha dos adversários políticos, e aí vale o velho discurso populista. Mas, às vezes, apenas se aproximar do povo não é suficiente, pois há sempre alguém querendo dar o golpe em "El Presidente", sem falar nos Estados Unidos e na União Soviética, à espreita na tentativa de tomar a ilha.
A campanha single-player tem 15 missões e o jogo oferece também um gerador aleatório de fases e um editor para que o jogador crie os seus próprios eventos históricos ou reproduza algum real. Para fazer a ilha progredir, é preciso investimento em áreas como turismo, petróleo, mineração e agricultura.
Alguns elementos tradicionais do "Tropico" original, como a bacanérrima trilha sonora latina e o visual que recria - agora em 3D - as belas paisagens de uma típica ilha caribenha se misturam a novidades como a possibilidade de passear com o avatar de El Presidente pelo cenário, seja a pé ou mesmo em sua limousine.
É possível personalizar o próprio avatar, o que significa colocar Fidel e até mesmo Barack Obama no jogo. O personagem pode acelerar construções, inspecionar edifícios, discursar para a população, acalmar protestos e até mesmo empunhar uma arma e participar dos combates para defender a ilha.
Embora "Tropico 3" não tenha um modo multiplayer online dos mais desenvolvidos, ao menos permite que os usuários visitem as ilhas uns dos outros, por exemplo.
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