Preview – Call of Duty Infinite Warfare

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Se nem a desenvolvedora acredita no projeto, porquê nós acreditaríamos?

Todo ano somos saturados com repetições. Desde a tradicional “então é natal” tocando em bares, lojas, supermercados e em praticamente todos os lugares em que se possa transmitir áudio, até o costumeiro especial de fim de ano das emissoras.

Mais do que isso, temos certeza que todo ano, teremos um Call of Duty Novo.

Não me levem a mal, existem séries anuais que são incríveis ainda hoje, o último Assasins Creed foi muito bom, apesar de ter claramente seus problemas. Mas ao menos a série da Ubisoft apresenta claras diferenças entre um jogo e outro, coisa que a Activision precisa entender e aprender.

Foi liberado na semana que esta matéria vai ao ar a beta do novo jogo da série CoD: Infinite Warfare. Desenvolvido pela Infinity Ward, responsável pela série Modern Warfare, os CoD Clássicos e o infame Ghosts. O jogo traz um novo capítulo da série Warfare, trazendo inclusive, na versão prêmium o jogo original da série Modern Warfare refeito de forma incrível, que gerou grande expectativa e ansiedade dos fãs para por as mãos neste remaster.

Porém, basta apenas duas partidas para que você entenda o porquê eles não venderam a remasterização de MW separadamente.

O jogo é bonito, cenários bem detalhados, armas bonitas e arrojadas, personagens realistas até o ponto que se pode ser, porém o jogo peca gravemente na jogabilidade.

Esqueça tudo o que a serie Warfare proporcionou até agora e tente não comparar Infinite Warfare com Crysis, pois é o que a série vem fazendo nos 3 últimos jogos.

Temos aqui personagens com exo-esqueletos capazes de correr mais rapidamente, correr por paredes, dar saltos duplos e após um certo número de abates, usar habilidades únicas, transformando o multiplayer novamente em uma espécie de hero shooter muito malfeito.

Inicialmente temos três classes para escolher, que se diferem apenas na habilidade especial que poderemos usar durante o jogo, entre eles um android que fácilmente pode ser confundido com parte do cenário futurista, proporcionando confusão durante o gameplay, além disso, todos os mapas são confusos e estranhos, não possuindo nenhuma fluidez que ao menos Black Ops 3 possui.

O arsenal é praticamente o mesmo de todos os outros jogos da franquia, com diferenças apenas no nome e design, além de uma ou outra mudança nos itens adicionais como granadas, radares e pacotes de auxílio.

As habilidades que são o grande atrativo do multiplayer, são uma porcaria. Desbalanceados, alguns complicados e outros completamente inúteis. Como por exemplo, uma das habilidades consiste em um rifle de diversos canos com capacidade de fazer as balas ricochetearem ao menos uma vez na parede e acertando o inimigo mesmo o ele estando atrás de uma barreira ou proteção, o que não acontece durante o gampelay.

Tanto são inúteis as tais habilidades, que raramente você encontra alguém utilizando elas durante o jogo.

A jogatina é frenética e rápida, o que é algo bom, já que CoD é conhecido pelo multiplayer rápido, porém, o desbalanceamento das armas, aliado ao desequilíbrio das habilidades tira totalmente a graça do jogo.

Esperta essa Activision que viu a bomba que tinha nas mãos e tratou de fazer algo que os fãs não iriam negar, o remaster do amado Modern Warfare original, acompanhado do novo jogo da série que joga o nome dela no lixo.  Inclusive, forçando a todos que quiserem jogar o remaster a ter obrigatoriamente o blu ray de Infinite Warfare dentro do console.

Call of Duty: Infinite Warfare é mais do mesmo mas sem o dinamismo dos mapas de Black Ops 3, caso tenha que escolher entre este e o jogo de guerra da EA, escolha a EA, ao menos a diversão é muito mais garantida na primeira guerra do que numa guerra exageradamente futurista.

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