INTRODUÇÃO
É impossível numa rodinha de amigos na qual o papo seja games e num momento de discussão sobre clássicos que o nome Streets of Rage não venha como um dos principais. E também é praticamente impossível que logo que o nome seja proferido não aconteça de todos concordarem imediatamente e com empolgação. Pode até mesmo rolar uma lágrima de nostalgia dos tempos de infância.
Enfim, Streets of Rage foi lançado pela Sega em 1991 (na verdade em 31/12/1990) para Mega Drive (ou Genesis, nos EUA). Você pode encontrar também o nome Bare Knuckle, que foi o título no Japão. Um dos grandes sucessos da Sega e um verdadeiro jogão. É pancadaria de primeira, indiscutivelmente um CLÁSSICO (fanatismos à parte). Os sortudos que tiveram um Mega Drive na infância sabem disso.
O jogo conta a história de uma cidade que vivia em paz e harmonia (que lindo...) até a chegada de uma gangue de criminosos liderada pelo Mr. X. Logo tudo se transformou num caos, a violência comia solta e a insegurança estava instalada. Até mesmo políticos e policiais se corromperam. Então três jovens e destemidos policiais, os únicos tiras honestos que sobraram, resolvem pôr um fim nessa gangue e restaurar a paz na cidade. Esses bravos e heróicos tiras são Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding. Um enredo um tanto quanto clichê, mas fazer o quê?
GRÁFICOS
O jogo tem gráficos com qualidade compatível à época e ao Mega Drive (claramente simples se comparados aos jogos atuais, mas não ruins). Nada atrapalha ou é feiamente tosco (também não estou dizendo que é lindo). Os personagens principais foram feitos com bom gosto, ganhando um inegável carisma. Dá gosto jogar com qualquer um dos três porque nenhum deles tem alguma característica extravagante ou que incomode. Os inimigos também não têm nada exagerado (a não ser os caras esquisitos fazendo malabarismo com machados e fogo...). Os cenários dão um clima certo ao jogo. As animações dos movimentos não são das mais completas já que se trata de Mega Drive, logo você repara que os movimentos têm poucos sprites.
SONS/MÚSICA
Mesmo com as limitações do Mega Drive, a trilha sonora é demais, um dos pontos altos do jogo. Os temas dançantes/ grooviados/ swingados dão o clima certo de pancadaria nas ruas infestadas de criminosos. Logo na primeira fase a música já vem arrasando e sem perceber você se balança conforme a batida e a empolgação aumenta nas primeiras porradas distribuídas. Destaque também para as músicas das fases 3, 5 e 7. Enfim, palmas para Yuzo Koshiro que desenvolveu essa trilha genial. Quanto aos sons, ficaram um pouco feios os gritos quando os caras morrem, chega até a ser engraçado. Sem contar o gritinho da Blaze (e suas chatíssimas clones que levam suas vidas e continues embora hehehe...) e das safadas masoquistas de chicote em punho.
JOGABILIDADE
O jogo segue as características gerais de beat´em ups da época, então movimentos e esquema de jogo são bem simples. Um botão para pular, um pra bater (que depois de um pulo serve para acertar uma voadora ou para um golpe de costas quando usados os dois simultaneamente) e outro para o especial. Isso basta. Não há dificuldade nenhuma em se aprender os movimentos e a resposta dos comandos é rápida. O jogo não tem o dash (o tradicional dois toques pro lado que faz o personagem correr, como, por exemplo, o Golden Axe) como em alguns jogos do gênero, mas isso não compromete.
Você escolhe um dos três policiais, cada um com suas características, e vai pra porrada. Outra coisa que é bem tradicional de beat´em up: o clichê dos personagens... Ou seja, tem o cara principal (guerreiro em jogos medievais a la Golden Axe), que é forte, porém lento; uma mulher, que é um pouco mais fraca, porém mais rápida (e geralmente bem “estilosa”, com os golpes mais bonitos) e um intermediário entre os dois, sendo nem tão forte nem tão lento. As já conhecidas seqüências de golpes também estão presentes, incluindo a opção de agarrar o inimigo e desferir umas boas cotoveladas e joelhadas. Depois disso, pode-se dar um “balão” no cara ou passar por trás dele com o botão de pulo e logo em seguida cravar o camarada de cabeça no chão. Na minha opinião um dos golpes mais bonitos que eu já vi na história dos videogames. (E uma boa sacada o fato de não poder arremessar os gordos que cospem fogo, sob pena de ser esmagado...).
O JOGO
O jogo é muito empolgante e desafiador, tem que ser bom pra zerar sem dar continues. São quatro níveis de dificuldade: Easy, que é bem fácil; o Normal, que já fica bom; no Hard aumenta o desafio; e o Hardest, que é pros casca-grossa. Você vai pelas ruas desferindo pancada em quem cruzar seu caminho até chegar num chefão e igualmente descer a madeira nele, mas tudo isso não é bem simples assim e quando as coisas engrossam pro seu lado é melhor chamar a polícia!!!! É muito legal o especial desse jogo no qual um carro vem de longe, saindo um Robocop de dentro e o mesmo manda uma bazucada acertando todos os inimigos da tela. Porém, como em todo beat´em up que se preze, convém guardar os especiais para os chefões (salvo quando se está pra perder uma vida). Pode-se também contar com alguns apetrechos encontrados no caminho como facas, canos, tacos de baseball e um pozinho alucinógeno que deixa os caras paralisados... tudo isso pra ajudar a baixar o sarrafo(embora eu só goste de usar a faca ou o pó pois o cano e o taco têm movimentos lentos) Ainda em relação à dificuldade, tem aquelas conhecidas e odiadas “irmãs gêmeas” da Blaze... Quem não xingava aquelas vagabundas, ordinárias, safadas, filhas de uma **** que atire todas as pedras do universo. Haja concentração com elas, principalmente na última fase. Existe a opção de jogar com um amigo, o que faz com que a diversão fique ainda maior.
CONCLUSÃO
Streets of Rage é um clássico. Jogo obrigatório para Mega Drive, do gênero Beat´em Up igualmente obrigatório e da classe Videogame idem. Não tem desculpa! Tem que jogar! Vá jogar isso agora! Hehehe... Sério, é um dos jogos que não dá pra morrer sem jogar, é muito bom (a não ser que não goste de Beat´em Up...).
Comparando com outros jogos do gênero como Final Fight, da Capcom, pra mim esse é bem melhor (porém é mais fácil) e do mesmo nível de Golden Axe. Sendo o Streets um pouco mais elaborado que o Golden Axe.
Enfim, excelente jogo com uma trilha sonora sensacional. Precisa de mais alguma coisa?
PONTOS POSITIVOS
-Trilha sonora animal.
-Jogo desafiador e empolgante.
-Diversão garantida.
PONTOS NEGATIVOS
-Aquelas vagabundas, ordinárias, safadas, filhas de uma **** que são as sósias da Blaze! Hehehe! Brincadeira, com paciência dá pra passar delas (agora jogue no Hardest pra você ver, jogue).
- Os caras lhe acertam vindo por baixo na sua diagonal sem estar tão perto assim e os inimigos têm prioridade em acertar um golpe.
NOTAS
GRÁFICOS: 8,2
MÚSICAS: 10
SONS: 8
JOGABILIDADE: 9
DIVERSÃO: 10
TOTAL: 9,0
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Gênero: Beat´em Up (Traduzindo: Desça o pau neles)
Data de lançamento: 31/12/1990
DICAS
Seleção de fases: na tela que tem 1 player, 2 players... vá em cima de Options(mas não selecione) e com o controle 2 aperte A+B+C+DIREITA e com o controle 1 aperte start e mantenha-os pressionados até entrar na tela de Options. Dá pra escolher o número de vidas também.
Quando tomar um balão segure pra cima e o botão de pulo pra cair de pé e não sofrer dano.
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